quinta-feira, 11 de março de 2010

Como agir ao ser abordado pela polícia



Código de Processo Penal, artigo 244: “A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar.” Para que esta abordagem seja correta, há uma série de orientações retiradas da legislação As polícias Militar e Civil realizam abordagens a partir das orientações contidas no. Abaixo, algumas dicas para o cidadão recortar e guardar no bolso, caso considere a abordagem abusiva e queira tomar providências. Confira:


• Identificação
O policial é obrigado a se identificar, mesmo estando fardado. Ele tem todo direito de pedir documentos, mas deve devolvê-los em seguida. Se desejar, a pessoa não é obrigada a fornecer identificação. Ninguém é também obrigado a portar documentos de identidade e a polícia não pode exigir isso. A Constituição garante no artigo 5º: ‘Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.’ No Brasil, não existe norma que obrigue a pessoa a trazer documentos de identificação, como na China.


• Não é obrigado
O cidadão não é obrigado a falar para onde vai nem de onde veio. A pergunta se tem passagem pela polícia pode ser ignorada, mas o ideal é que facilite a ação do policial, que apenas deseja coibir a criminalidade. Você não precisa também falar quem é ou o que faz. Ninguém é obrigado a produzir prova contra ele mesmo – nem o criminoso declarado, muito menos o cidadão de bem.


• Mulher
A mulher só deve ser revistada por policial mulher, caso contrário o policial homem responderá por crime. Em caso de fundada suspeita, que deve ser justificada, e na falta de policial mulher, o soldado homem pode investigar a pessoa de sexo feminino, mas jamais passar as mãos em partes íntimas.


• Constrangimento
A polícia não pode constranger ninguém, nem mesmo o preso em flagrante. Após a revista, ela deve permitir que a pessoa retorne à posição normal, tendo seus braços livres de qualquer posição exigida. Jamais deve ser exposta ou ferida sua dignidade com ações como tirar a roupa na rua ou gritar.


• Crimes comuns nas abordagens
Chamar alguém de preto ou tratar a pessoa com diminutivos é crime de discriminação. Se ameaçar bater, o policial pode ser indiciado por crime de tortura. Se mandar a pessoa ir embora sem olhar para trás, pode ser acusado de abuso de autoridade. O policial não pode gritar, humilhar ou ironizar nenhuma condição do ser humano, pois neste caso comete crime de abuso de autoridade e injúria.


• Familiar
O familiar pode questionar o policial a respeito do que está acontecendo e deve se identificar para isso. Durante a abordagem, em posição de busca, o cidadão não pode executar nenhuma ligação ou ato, mas em seguida pode realizar telefonema para quem quiser.


• Busca em carro
Pode ocorrer somente com fundada suspeita. E o proprietário tem o direito de acompanhar a busca do policial, inclusive requisitando testemunhas. No caso da abordagem para busca pessoal, o policial pode exigir que a pessoa coloque as mãos para cima até que execute a busca. E o policial deve permanecer com a arma em punho, de forma a reagir facilmente a um possível ataque.


• Algemas
A polícia só pode usar algemas se a pessoa se caracterizar como foragido ou estiver preso em flagrante delito. Algemar por outro motivo é crime de abuso de autoridade. Pessoas com deficiência mental não podem ser algemadas.


Caso você sinta que houve abuso de qualquer natureza, denuncie e processe os autores.

Deseja comentar? Fique a vontade!

Fonte: pesquisa.

9 comentários:

  1. ótimo post ,apaosto que nem todo muito conecia estes direitos a paz

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  2. Pena que nem todo mundo conhece esses direitos (inclusive a políci!!!), pena mesmo. A gente conitnua com medo da polícia, e a polícia sem o menor medo da gente (metaforicamente falando). enfim! Abração, e parabéns pela iniciativa!

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    1. Eu acho que nem deveria existir policiais ,acho que o estado deveria contratar os bandidos e traficantes para fazerem a segurança publica ficaria bem melhor (metaforicamente falando).Ai a gente não teria medo dos traficantes .......que vergonha

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  3. Tudo bem saber destas coisas, mas na hora do "pega-pra-capar" é bem diferente....

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  4. Rsrsrsrsr .... bem, em que país estas regras são seguidas?

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  5. William,

    Já conhecia as regras e sempre são oportunas publicá-las. Em se tratando de Brasil e de polícia, a melhor coisa que temos que fazer numa abordagem é torcer para que o policial não seja mesmo um marginal ou bandido fardado. Pois, em sendo assim, eles fazem o que querem e fica por isso mesmo.
    Infelizmente o Brasil é uma terra de bandidos fardados, muitos deles no poder, cometendo abusos de todas as sortes.

    Abri o meu bico dizendo o que penso da maioria deles. Já fui abordado algumas vezes e em todas elas comportaram-se como animais, bandidos e marginais. Até fuzil no peito já levei desses caras e SEMPRE me comportei como cidadão de bem.

    Acho que eles sentem o cheiro dos hormônios de quem lhes tem ojeriza. Só pode ser isso.

    Abraço do amigo,

    Antonio.

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  6. quando me revistaram e puseram a arma na minha cabeça,depois de me espancarem,não tive direito algum,aqui é a porra do Brasil

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  7. Fala galera, hoje fui encaminhado a um psiquiatra, a muitos anos fui apreciador da erva (que eles dizem ser do capeta), fui abordado inúmeras vezes, sempre fui agredido, desde tapas na cara como, ponta pés, palavrões .. enfim, inúmeras coisas que hoje, me deixou com transtornos parecidos com o da síndrome do pânico, muita gente critica o usuário, mais não sabe oq ele passa na mal desses políciais que não agem em prol da sociedade, ninguém é obrigado a fumar, mais como eles podem ver pessoas serem massacradas sem se quer fazer nada a respeito?
    Eles enchem a cara de álcool e depois saem por aí pra fazer besteira, obrigado pelo post, vou andar com um desses e colar VÁRIOS NA CIDADE!

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