quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A favor da vida: Microrganismos probióticos



Micro-organismos são seres vivos tão minúsculos que nunca poderemos visualizá-los sem a utilização de microscópios. Na microbiota intestinal, são cerca de cem trilhões, classificados em mais de 300 espécies diferentes, coexistindo em certo equilíbrio. Embora seja relativamente estável em indivíduos sadios, a microbiota pode sofrer alterações pela condição fisiológica, emocional, alimentação, ingestão de medicamentos, interação das bactérias intestinais ou de seus metabólitos.

 Padrões anormais de microbiota intestinal podem ser vistos nas anomalias de peristaltismos intestinais, no câncer ou pós-cirurgias, em distúrbios gastrointestinais, gastro-hepáticos, anemia perniciosa, radioterapias, estresse, imunodeficiências, ingestão de antibióticos ou em processos de envelhecimento.

O nosso estado de saúde pode ser afetado como consequência imediata do desequilíbrio da microbiota intestinal. Para evitar essa disbiose, a saída é ingerir micro-organismos benéficos à saúde, como lactobacilos, bifidobactérias e outras espécies, que estão presentes em alimentos contendo "probióticos". O termo "probiótico", palavra de origem grega que significa "para a vida", foi definido em 2001 como "microrganismos vivos que, quando consumidos em quantidades adequadas, conferem efeitos benéficos ao hospedeiro" pela Organização Mundial da Saúde (WHO), juntamente com a FAO (Food and Agriculture Organization).

Alguns pré-requisitos definem o que é um micro-organismo probiótico: ter segurança no consumo, pertencer à microbiota natural do ser humano, ser resistente aos sucos digestivos, chegar vivo aos intestinos e ter a capacidade de se desenvolver na microbiota intestinal, além de ter os seus efeitos benéficos comprovados cientificamente e estar presente na forma viável no produto em quantidade razoável.
Para demonstrar o efeito benéfico desses seres microscópicos para a saúde, cientistas de várias partes do mundo têm desenvolvido inúmeras pesquisas.

Os benefícios demonstrados por estes estudos incluem desde a proteção aos recém-nascidos, pelo fato de o leite materno conter micro-organismos benéficos que colonizam a microbiota do bebê, até o estímulo para o sistema imunológico, inclusive de pacientes transplantados e fumantes. Além disso, alguns micro-organismos probióticos são efetivos no controle e na prevenção da diarreia - inclusive pós-quimioterapia -, no controle da dislipidemia, na prevenção de amigdalites, na descolonização de portadores de bactérias gram-positivas em ambiente hospitalar e na prevenção da enterocolite necrosante em recém-nascidos de baixo peso.


Mais recentemente, os pesquisadores demonstraram a ação benéfica dos probióticos para estimular a imunidade, inclusive de atletas de alto desempenho. Além disso, os probióticos são fundamentais para o equilíbrio da microbiota vaginal e, consequentemente, para a prevenção de infecções. 

Na verdade, os primeiros estudos sobre a microbiota intestinal e os micro-organismos começaram no século 19, quando o biólogo microbiologista Elie Metchnikoff publicou ensaios sobre camponeses búlgaros que ingeriam iogurte diariamente. 

A partir daí, o interesse dos cientistas em relação à ação benéfica dos microrganismos aumentou substancialmente, especialmente diante de resultados favoráveis das pesquisas realizadas ao longo do século 20.
Recentemente, técnicas desenvolvidas na área da biologia molecular e da imunologia têm sido amplamente utilizadas nos estudos com microrganismos probióticos, resultando em um rápido avanço e, ao mesmo tempo, ampliando o escopo das pesquisas relacionadas à microbiota intestinal.

 Diante da necessidade de enfrentamento de doenças que impõem inúmeros desafios à Ciência e à Medicina, encontrar nos microrganismos probióticos um aliado é uma das propostas dos cientistas que se dedicam a investigar a ação desses minúsculos seres que habitam o corpo humano.


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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Casamentos de Ouro



Dia destes fui a uma festa de Bodas de Ouro. Uma celebração de 50 anos de um casal que vive junto a todo este tempo. Fiquei pensando que, anteriormente, só tinha ido uma vez a uma comemoração de meio século de um relacionamento, tamanha raridade que este tipo de evento tenha se tornado hoje em dia. Porque sim, é bastante tempo juntos e, portanto, um tanto inusitado que se possa ter este motivo para um festejo em tempos onde reina o casa-e-descasa.

Entre uma dança e outra, me peguei pensando, mas o que faz um casal ficar junto todos estes anos? No cerimonial, uma amiga dos cinquentenários, falou sobre união, amor, parceria, comprometimento, família, cumplicidade. E os dois, muito emocionados, agradeceram a presença dos filhos, família e também dos inúmeros amigos que ali se encontravam para compartilhar aquele momento de intensa felicidade e júbilo.

 Era visível o quanto estava sendo importante participar a conquista e a alegria da ocasião com quem acompanhou, de um jeito ou de outro, aquela relação.

De alguns anos pra cá, muito tem se falado na falência da instituição casamento e que as pessoas tem desacreditado nos frutos de uma convivência saudável, produtiva e promissora. De fato, desde que as pessoas não se contentaram mais a viver sua vida ao lado de quem deixaram de gostar, de amar ou de admirar, uma onda de separações foi “permitida”. 

Para que aqueles sedentos por uma trajetória mais gratificante e salutar, o mundo passou a aceitar os descasamentos como algo que também faz parte da vida, diminuindo o tamanho desta notícia, ainda que ela sempre renda um caldo.

A partir disto, veio uma avalanches de divórcios. Por um motivo qualquer as pessoas foram evitando o exercício da arte de viver junto em defesa do individualismo ou do pular de galho em galho, trocando de relacionamento como quem troca de roupa. Tudo isto com um sentimento de não conseguir sobreviver as aventuras e os investimentos de uma relação.

Não necessariamente, devemos avaliar o sucesso de um casamento pelo tempo que ele durou. Sim, pode ser um dos fatores, porém não o mais importante. 

Mas que ele diz algo do casal que consegue esta façanha e se dispõe a comemorar com toda felicidade do mundo, ah isto diz! Afinal, como poetizou Vinícius: “que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”.


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terça-feira, 29 de outubro de 2013

Site de relacionamentos permite que mulheres 'comprem' o cara ideal



Está sendo lançado no Brasil um site de relacionamentos que tem um perfil que se diferencia dos demais.  'Adote um cara' permite que as mulheres escolham os rapazes mais interessantes e coloquem no "carrinho" de compras. 

A descrição do portal, explica bem a proposta: "O conceito do AdoteUmCara.com.br é simples. O cliente é o rei, no nosso caso, rainha. Primeiro as damas. No supermercado de encontros, as mulheres fazem bons negócios".

Após serem colocados no carrinho, os homens podem enviar mensagens para as pretendentes. Os homens não podem tomar a iniciativa, portanto, a única forma de convencê-las é fazer uma boa propaganda. 

No perfil, é possível incluir informações de todo tipo. Além de uma detalhada descrição física, os internautas também podem escolher funções e habilidades. O site é uma adaptação do francês "Adopte un mec". 
A versão europeia fez tanto sucesso que acabou abrindo uma loja física em Paris onde os rapazes ficam, literalmente, expostos na vitrine. 

Na página do Facebook do site, há registros de mais de cem casais bem-sucedidos. E pelo menos um deles já rendeu um casamento.


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