segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ao pé da letra!


Muito se tem discutido sobre o "bater do martelo" pelo governo federal quanto ao valor do mínimo de R$ 545,00, que terminou sendo aprovado pela base governista, como já era esperado. Claro que a presidente Dilma Rousseff e os titulares da Previdência e da Fazenda sabem perfeitamente que com essa irrisória quantia oferecida ao trabalhador não tem condições, sequer, para uma familia se manter por 15 dias, quanto mais por um periodo maior, até que chegue o momento de receber novamente, tanto é assim que o próprio governo, de há muito, passou a ver uma familia através da chamada "renda familiar" e não mais, pelo salário do marido e pai, então chamado de provedor.
Antigamente, a renda do provedor era suficiente, pelo menos, para o básico de uma casa, como alimentação, gastos escolares, pagamento de água e luz, etc.. Para fazer frente ao conforto que a vida moderna oferece, a familia teve de buscar novos métodos, como mãe e filhos em atividade rentável, além é claro, de sentir que o mínimo não acompanhou a evolução do sistema e, ao longo do tempo ficou parado ou cresceu muito menos do que o necessário, promovendo o término da renda bem antes do final de cada periodo.
O governo sabe que o dinheiro papel é uma simples simbologia, pois tão logo recebido pelo trabalhador, como compensação do seu esforço, começa a retornar aos cofres do próprio governo, através dos impostos diretos e indiretos.
Porém o governo evita números maiores para não ter maiores gastos com beneficios e pensões aos aposentados. A categoria patronal, geralmente, paga mais do que o minimo ao empregado, porque sabe que essa quantia, ao final das contas, é investimento, e que logo retorna as gavetas dos supermercados, farmácias, sapatarias, empresas de transportes, etc.. Por isso mesmo, a culpa do mínimo ser sempre o menor possível sempre será do governo, que, quando na oposição, grita e experneia por um salário mais digno mas, ao assumir o poder, pucha o freio e luta por números menores, nivelando por baixo.
Dentro desse ângulo de visão, se poderia levar para o tão gaiato, embora trágico, ao afirmar que, na celeuma estabelecida na Câmara Federal, onde grupos se dividiram entre 600, 570, 560, 550 e 545 reais para o salário, Dilma, levando a palavra ao pé da letra, resolveu estabelecer entre esses numeros, o mínimo.


Fonte Agora.

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Um comentário:

  1. O mínimo é mínimo porque é mínimo mesmo. Ele deveria somente servir de parâmetro para que os patrões, empresa e demais empregadores pagassem sempre mais que o seu valor. É pouco, muito pouco mesmo mas o governo Lula foi o mais o valorizou e espero que até o fim do governo da Dilma ele seja bem maior do que agora.

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