quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

É com você... – 2ª parte



Segunda etapa de nosso papo cabeça com o jovem de hoje. A pergunta continua no ar: quem é você? Sim, quem é você: bela estampa; gente que pensa para falar, ou que fala sem pensar?
Mapeando necessidades. Este é o norte de nossa conversa. No artigo anterior falamos do aspecto físico do jovem. Considerando o valor exacerbado que se dá ao visual – que hoje conta mais que qualquer outra coisa. Vê-se mais o corpo que a beleza do rosto. Se é gordo é porque é descuidado ou doente. Se muito magro é porque não se cuida. Deve alimentar-se mal, é o que deduzem. O corpo bem malhado, que é o estofo da roupa bem transada, revela o produto que foi esculpido nas academias ou nas caminhadas diárias.

Em termos de comportamento, grande valor tem a gentileza. Conhecemos um rapaz que se caracteriza pela rudeza com os familiares, principalmente com a mãe e o irmão. Ele surpreende ao lado da namorada e dos amigos pela lhaneza no trato. Por que esta conduta não está presente na intimidade do lar? Será que os familiares não merecem conviver com a sua melhor parte?

Naveguemos no aspecto emocional. Quase sempre somos ansiosos. E o jovem, mais ainda. Em todos os sentidos. Há ansiedade consigo mesmo, por ter que decidir o que será mais significativo para o seu futuro. O que estudar para ser vitorioso na profissão que supõe ser a escolhida? É bastante jovem e inexperiente para decisão de tal envergadura. Mas o tempo exige ação imediata. Precisa de disciplina, dedicação em tempo integral. Assimilar, memorizar a avalanche de informações é o desafio do vestibular. Não importa que venham a ser esquecidas logo depois. O problema maior será se as esquecer antes ou durante a hora crucial do exame. Haja equilíbrio emocional.

Certa jovem se desestruturava durante as provas. Passava mal, fisicamente ficando confusa, incapaz de raciocinar. Tremedeiras, suores, lágrimas, queda de pressão, tendo até que se hospitalizar tal o destempero que sofria. Cuidou-se psicologicamente. Este ano passou para medicina, na boa. Venceu os desequilíbrios emocionais. Sua primeira vitória foi vencer pensamentos conflitantes, pressões angustiosas, torturas mentais e espirituais. Com certeza, sem ajuda, não conseguiria este resultado.

Outro fato verídico é o de um jovem que se atrapalhava todo ao ter que se expressar em público. Sofria tanto com isso que se comunicava por monossílabos. Expressão seca, durona. Era malvisto porque o julgavam um topeirão. Ao ser trabalhado em técnicas de respiração e relaxamento, assumiu com mais facilidade o controle da verbalização. Fez-se mais fluente e, logo, mais influente. É preciso entender o que se passa com as pessoas. Muitas vezes onde reina a falta de traquejo e educação existe apenas bloqueio. Dificuldade de inter e intrarrelação.
Satya Sai Baba, sábio indiano, diz que feliz é aquele que usufrui o progresso do mundo com a cabeça na floresta e as mãos na sociedade. Isto é: liga-se à calma da natureza para intensificar o trabalho na construção de um mundo melhor.

Que o jovem faça a sua parte. Cuide da aparência. Descarte o lixo mental. Faça do bom humor seu marco de referência. Jogue a cara feia para escanteio. Conquiste o mundo e as pessoas com sua leveza e hilaridade. Perceba que revolta e depressão são tóxicos viciantes. Pratique bons modos. Pura malhação para a alma.

Corpo torneado – alma sarada, ninguém resiste. Comece esta tática esportiva com seus familiares. Estenda aos seus relacionamentos. Use e abuse das dicas da pequena ética, a etiqueta: tratado de civilidade que rege as boas relações. Cidadão do mundo, herdeiro do Universo, honre sua logomarca pessoal. Seu nome, sua referência. Agora, é com você!


Elzi Nascimento. / Elzita Melo Quinta. Contato: iopta@iopta.com.br .

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Um comentário:

  1. Oi Bom Dia!
    Adorei o texto.
    Como me sentiria mais a vontade se mais pessoas colocassem isso em prática e/ou mesmo adotassem naturalmente uma postura de evolução e crescimento.
    Parabéns!

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