domingo, 6 de fevereiro de 2011
O Preço do Conforto
Tenho estado bastante reflexiva em relação às ultimas notícias veiculadas na mídia a respeito dos desastres naturais. Lembro-me que uma dos primeiros antigos que escrevi, tratava sobre desenvolvimento sustentável, e compartilhava também de meu assombro a respeito de tantos desastres naturais que teimam em continuar acontecendo ao longo dos últimos anos em todo o Brasil e no mundo.
Hoje vivemos em uma sociedade onde tudo se tornou mais prático e confortável, usamos muito nossos automóveis e pouco nossas bicicletas, usufruímos de uma tecnologia cada vez mais inovadora, e facilmente substituível, nos alimentamos de forma inadequada, pois as carnes consumidas hoje por todos nós contêm doses altas de hormônios, os legumes e vegetais são tratados com agrotóxicos, usamos muito o microondas, e poderia seguir aqui citando variados motivos que nos levam a pagar o preço de tudo isso que chamamos de conforto.
A Responsabilidade Social
O mundo corporativo mostra-se cada vez mais focado nas questões ambientais e o reflexo que o capitalismo vem causando no planeta com a alta emissão de poluentes, o desmatamento, entre outras questões que todos nós, acredito, estamos cansados de saber e ouvir.
Nas últimas edições das revistas relacionadas ao mundo dos negócios que acompanhei, em quase todas elas, consta pelo menos uma reportagem sobre inovações que trariam conforto a todos nós e são consideradas “de bem com o ambiente”. A última delas trata sobre a substituição de motores movidos a combustão por motores movidos a hidrogênio. Realmente considero que já era hora do mundo acordar e dar-se conta da necessidade de pensarmos que tudo que é explorado ao seu máximo um dia chega ao seu fim.
Será que é o Fim?
Não podemos deixar de pensar que talvez estejamos pagando o preço de nosso conforto, que subestimamos o real valor do que é viver bem e obter qualidade de vida, quando ligamos a TV e ao assistirmos o noticiário, ou ao abrirmos as páginas de um jornal ou revista, nos depararmos com tamanha infelicidade em que tem vivido o ser humano em decorrência dos desastres naturais.
Nesses momentos não consigo conter minha indignação, pois o que vemos são fortes cenas que relatam o sofrimento humano quando o homem encara a perda de tudo o que possuía sua casa, sua mobília, seu carro, e acredito, uma imensa sensação da perda de sua própria dignidade. Assim penso que todos estamos pagando um grande preço da responsabilidade de nossa “evolução”. E por vezes me pergunto se quando falamos em fim dos tempos, talvez ele esteja ocorrendo e não nos damos conta de tudo isso, e os maiores responsáveis somos nós.
Por Patrícia Barazetti .
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Postado por
William Junior
às
10:09
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O progresso é quase obrigatório e esse progresso agride a natureza e ela cobra essa agrassão.
ResponderExcluirÉ preciso que todos pensem no crescimento auto-sustentado.
Olá William, olá Patrícia!
ResponderExcluirExcelente texto! Também me questiono muito sobre todos esses acontecimentos e chego, cada vez mais, à conclusão de que esse é, sim, o ônus da ambição humana... O conforto é relativo, uma vez que nem todos podem usufruir dele como merecem. Entretanto, somos todos responsáveis por isso ao permitirmos e aceitarmos "confortavelmente" tantos danos.
A conta vem...com juros...muitos juros!
Grande beijo,
Jackie