Você já teve a sensação de que se
torna mais produtivo no verão? Existem muitos estudos que relacionam o estado
emocional das pessoas e o clima. Existem até estudos que apontam a existência
de uma depressão associada ao clima, a chamada depressão sazonal. Mas quando
você acha que já descobriu tudo… Um novo estudo prova que não.
Agora uma pergunta: você já se sentiu
sexualmente mais ativo durante o período de calor? É possível que talvez você
nunca tenha parado para observar isso, mas um novo estudo prova que esse
fenômeno acontece. A luz do sol, segundo a pesquisa, esta diretamente
relacionada ao desejo sexual humano.
Mas se você ainda não conseguiu
entender a possível relação, fique tranquilo porque vamos tentar explicar. Acontece
que a luz do sol promove alterações químicas no corpo humano, que refletem na
disposição, interesse e performance sexual. Quando expostos a luz solar, nos
tornamos mais sexuais.
Os pesquisadores publicaram um
detalhamento do estudo na revista Cell Reports. O estudo é bastante extenso e
interessante, mas um de seus pontos altos foi identificara uma proteína da
pele, que foi chamada de p53 e basicamente é responsável por controlar a
relação entre o tesão e o sol.
O que diz o estudo?
O professor Carmit Levy, um dos
principais responsáveis pelo estudo, publicou um comunicado em que falava sobre
as descobertas. Segundo Levy, já era conhecida a relação entre o sol e a
testosterona, mas o estudo traz um aprofundamento em como esse “mecanismo”
funciona. Como isso acontece no corpo?
Um dos primeiros passos dados pelos
pesquisadores foi observar a ação do sol em camundongos. Estes animais foram
observados e tiveram seu comportamento comparado entre um grupo exposto a luz
ultravioleta B, equivalente a luz do sol, e um grupo não exposto. Entre os
expostos, a prática sexual aumentou consideravelmente.
Por exemplo, um aumento no hormônio
do eixo hipotálamo-pituitária-gonadal fez com que, camundongos fêmeas
desenvolvessem ovários maiores e passassem um longo número de dias no calor,
enquanto machos e fêmeas tornaram-se mais dispostos a ter relações sexuais após
a exposição a UVB.
Para determinar se esse efeito é
mediado ou não por receptores na pele, os pesquisadores repetiram o experimento
usando camundongos que foram geneticamente modificados para não ter uma
proteína da pele chamada p53. Normalmente, esta proteína responde à radiação
UVB, desencadeando a pigmentação e o reparo do DNA, a fim de proteger as células
dos efeitos nocivos dos raios solares.
Então, com o teste em camundongos
alterados geneticamente, os pesquisadores puderam confirmar sua teoria. Isso
porque os camundongos sem a proteína p53 não registraram mudança alguma no
comportamento, mesmo sendo expostos a luz solar como os demais. Os
pesquisadores, portanto, acreditam ter descoberto como o mecanismo funciona.
Depois, os pesquisadores realizaram
testes para confirmar a teoria em humanos e obtiveram resultados positivos. A
tese contou com a disposição de 32 voluntários que foram convidados a evitar a
luz solar por dois dias, depois se expor por 25 minutos. Testes provaram a
alteração hormonal após a exposição solar.
por Roberta
M.
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