São diversos argumentos a justificar o número de
filhos acima das possibilidades mínimas de cuidados
Há microrregiões em que alguns homens
se tornam reconhecidos pela quantidade de filhos que colocam no mundo,
verdadeiros reprodutores, como se autodenominam, criados geralmente pelos avós
maternos. Muitos são admirados e imitados.
Nessa situação em particular, o
problema seria bastante minimizado se o Ministério Público, por meio dos
promotores, tomasse consciência do seu papel e processasse a todos, por
maus-tratos ou abandono de incapazes, nos casos mais graves, e os demais pela
concessão de pensão alimentícia.
São diversos argumentos a justificar
o número de filhos acima das possibilidades mínimas de cuidados,
independentemente de ser um, serem dois ou mais. Toda vez que se pratica um ato
sexual capaz de engravidar, deve-se ter a noção exata que a falta de prevenção
trará uma gravidez naturalmente.
Todas as igrejas, os sindicatos, as
ONGs, os governos e familiares deveriam informar aos jovens com clareza
absoluta dos riscos da gravidez e cobrar responsabilidade total dos seus
pupilos, de forma incisiva, quando arrumassem filhos.
Nada de passar a mão na cabeça, nada
de dar moleza, nada de assumir o lugar de quem os fez. O adágio “quem pariu
Mateus, balance”, tem que ser levado ao pé da letra. O Ministério Público e a
Justiça têm que atuar em defesa do bem-estar das crianças e penalizar os pais
que as abandonassem ou não cuidassem devidamente, para respaldar o princípio
básico de toda pena, que é servir de exemplo.
Todos os pontos aqui abordados servem
para mulheres e homens. Jamais se deve diminuir a responsabilidade deles ou
referendar o machismo pela quantidade de filhos. Essa posição vai além da
tolice, traz consequências sociais graves para todos. Enquanto os pais
irresponsáveis não forem parar na cadeia por deixar filhos abandonados pelo
mundo, infelizmente, a sociedade ainda vai presenciar pessoas fazendo filhos
por divertimento ou por afirmação sexual. As desculpas da falha do remédio ou
do rasgão da camisinha não colam mais nos dias atuais, pois até já existe a
pílula para o dia seguinte.
Facilitar o acesso à cultura, à
prática de esporte, ao artesanato, à música, mostra um lado bom da vida que não
substitui a necessidade de procriar. Mas a consciência sobre a necessidade de
cuidar dos filhos é o vetor preponderante para acabar de vez com a fabricação
de filho como se fosse produção numa indústria. Colocar filho no mundo deveria
ser encarado por todos com muita seriedade.
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