As manchetes da mídia foram ocupadas
pela busca dos culpados do malfeito da Petrobrás na compra da Refinaria de
Pasadena. Provavelmente, muito depois da Semana Santa continuaremos com o circo
montado pela oposição e os governistas. Sim, os dois lados são cúmplices nos
crimes pelos quais estão sendo investigados. Escândalos da Petrobrás, Metrô de
São Paulo, e outros em que a Polícia Federal já está atuando.
Todos seguem um script muito bem
elaborado, e com atores que mostram sentimentos de indignação quando acusam e
rostos de inocência quando se defendem. Excelentes manipuladores das emoções e
das verdades.
O problema é que nenhum deles faz a
pergunta certa: Quem é responsável? Quando compramos um carro com defeito o
Estatuto do Consumidor nos protege, trocam nosso carro ou somos indenizados. E
se este caso se repete muitas vezes, serão demitidos os operários que montaram
o carro, o supervisor de qualidade do setor, talvez o gerente de planta, mas
com certeza o Presidente da montadora será transferido para um lugar bem
distante.
Por quê? Porque os responsáveis respondem pelos seus atos, caso
contrário se estará fomentando a impunidade.
Muitos poderão falar que o país está
mudando, que alguns já estão até presos, mas a pergunta é: Quem é o verdadeiro
responsável?
Vemos crianças serem mortas e todos
querem punir o responsável? A indignação é verdadeira, o clamor de revolta é
sentido por todos. Por que não acontece o mesmo quando falamos dos atos e
atitudes dos políticos? Dá a impressão que estão num palco 24 horas por dia.
Nunca ouvi nenhum político dizer: Sim, eu sou responsável pela decisão que não
deu certo!
Mais cedo ou mais tarde, todos nós
teremos que olhar a alguém nos olhos e dizer: Sim, fui eu! Errei, menti,
enganei. Não conheço ninguém que nunca tenha sido responsável por algum erro.
Aquele que não reconhece sua responsabilidade nos atos de seu dia a dia, não
está preparado para viver numa sociedade, muito menos conduzi-la.
Desconfie daqueles que não reconhecem
suas responsabilidades, a melhor maneira de fugir delas é dizer: Nunca soube de
nada!
Boa reflexão!
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