sexta-feira, 16 de abril de 2010

O jornalismo e a educação



Tenho comigo um hábito que cultivo há tempo – o de analisar e interpretar a dinâmica social, os campos sociais e seus atores, usando as lentes da educação. Esse exercício vem ao encontro de uma concepção de educação para além das paredes da escola, que ultrapassa os limites da educação formal e dialoga com o conjunto da vida, ou seja, a educação como uma prática social que necessita ser compreendida em correlação com as dimensões política, histórica, filosófica, ética e estética.
De tanto empreender essas análises, é comum realizá-las a todo momento, seja ao folhear um jornal, ao ouvir notícias no rádio, ou lidar com desafios simples do cotidiano. Uma dessas minhas "empreitadas analíticas" ocorreu por ocasião da comemoração do Dia do Jornalista, celebrado em 7 de abril. Pessoalmente sempre tive grande simpatia e afinidade com esses profissionais, por considerar sua relevância social em tempos que exigem cada vez mais rapidez de acesso à informação. Vejo-os como grande aliados na tarefa de educar, e em meu exercício profissional tenho a colaboração de jornalistas competentes, bem como sempre atendi chamados de diversos meio de comunicação para prestar esclarecimentos à população brasileira.
Ao longo da história contemporânea o jornalismo tem desempenhado um papel importantíssimo na formação de opinião das massas, constituindo por isso mesmo uma fonte de informação, e, por conseguinte, de educação das massas. A ação do jornalismo está presente não apenas no relato, mas no esclarecimento que presta à assuntos e episódios de diversas áreas, como política, esporte, artes, ciências, ambiente rural e urbano, indústria, saúde, estética, educação e tantos outros.
Além de livros que ensinam e registram as conquistas e transformações do mundo, temos também a possibilidade de recordar trechos importantes da passagem humana no planeta Terra por meio das reportagens e documentários, enfim o produto do trabalho do jornalista. Esse profissional foi e continua sendo vital ao processo de construção democrática do País, pois abre espaços para denunciar injustiças, incoerências e corrupções, colaborando muitas vezes para o desfecho exitoso de alguns impasses.
O fato é que concedemos tanto crédito às informações veiculadas pelos jornalistas que as usamos no cotidiano de nossas conversas para legitimar nossas afirmações. Quer um exemplo? É comum alguém defender essa ou aquela medida de saúde porque o noticiário apresentou uma reportagem que esclarecia detalhes de certo aspecto de nosso corpo. Ou ainda recomendar a ingestão de um alimento pelo fato do jornal apresentar suas propriedades curativas. E mais, optar por um modelo de carro porque aquele programa automotivo semanal mostrou os avanços de segurança e desempenho do veículo. São tantas as possibilidades de informação e esclarecimento que já se tornou um jargão dizer " é verdade, assisti, ou li uma reportagem sobre o assunto!".
Há quem diga, por isso mesmo, que o jornalista de verdade é um profissional que trabalha 24h, ou seja, leva seu olhar atento e crítico por todos os lugares onde passa, exercendo com determinação e competência o dever de informar e alertar a sociedade acerca dos mais variados temas.
A todos os jornalistas envio meus cumprimentos como emblema do reconhecimento que lhe é devido e com desejos de que continuem a exercer sua profissão com força, competência e compromisso com a cidadania.

Marcia Carvalho.

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2 comentários:

  1. Paulo Freire o nosso inesquecível educador dizia que "não podemos ser uma caixa de ressonância" isto é, devemos ter sempre um censo crítico, sobre tudo que se vê ou lê!

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  2. Aproveito para cumprimentar estes profissionais que têm a missão de informar-nos.
    O senso crítico deve estar sempre presente: concordo plenamente.

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