No mundo
pós-moderno, marcado pela velocidade, por mudanças constantes e pela competição
acirrada entre as empresas, a pressão por resultados torna o ambiente de
trabalho cada vez mais impregnado de tensão, afetando diretamente a saúde
mental e física dos trabalhadores, principalmente os de alto escalão.
Essa competição faz
aflorar sentimentos negativos, como soberba, ressentimento, revolta e raiva.
Sim, são sentimentos irracionais, mas demasiadamente humanos e que, num
ambiente corporativo, se refletem em comportamentos inadequados, provocando
mal-estar no trabalho, afetando inclusive a produtividade e o lucro das
companhias.
Como sabemos, os maus exemplos tendem a
predominar sobre os bons. Coloque uma pessoa nervosa, muito agitada ou, ao
contrário, uma outra, desanimada e sem iniciativa, no meio de uma equipe
produtiva e meça os resultados. Certamente serão desastrosos. Mas muitas
empresas teimam em não ver isso, pois não levam em conta a necessidade de se
administrar as emoções dos executivos para manter o equilíbrio da companhia.
No caso de empresas
familiares, a situação tende ser ainda mais grave, já que as emoções ficam à
flor da pele, uma vez que é tênue a fronteira entre os interesses da empresa e
os da família.

Como resultados, virão maior realização pessoal de patrões
e executivos, equipes de trabalho mais felizes e uma empresa mais fortalecida e
competitiva. Para isso, estou lançando, junto com a médica psiquiátrica Raquel
Heep, o programa Psiquiatria Corporativa. Por meio de minha experiência no meio
empresarial e da experiência dela no consultório, queremos levar às empresas e
aos seus profissionais um trabalho comprovadamente eficaz de desenvolvimento de
competências e estratégias emocionais e comportamentais.
É ingenuidade um
presidente de empresa julgar que seus executivos e funcionários são infensos a
emoções ou que elas não afetam o desempenho da companhia. Somos movidos por
raiva, alegrias, decepções, preocupações. Afinal, como dizia Peter Brucker - o
pai da administração moderna -, nenhuma instituição pode sobreviver se precisar
de gênios ou super-homens para a administrar.
Ela deve estar
organizada de forma a ser capaz de seguir em frente sob uma liderança composta
de seres humanos medianos. O que precisamos aprender é verificar o que motiva
nossos comportamentos, nos aperfeiçoar e apoiar os demais membros da equipe
corporativa.
Não se trata de um projeto de responsabilidade do RH, psicóloga e
médico do trabalho, mas sim de um programa que requer o envolvimento da
organização como um todo no estudo das emoções corporativas.
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