Fim de ano é tempo de ganhos e gastos
extras. A euforia das comemorações, o desejo de presentear parentes e amigos e
o sonho de viajar para o merecido descanso podem ser comprometidos quando falta
planejamento financeiro para essas despesas, e para aquelas que chegam junto
com o ano novo – IPVA, IPTU, matrícula e material
escolar, entre outras, é o que explica Reinaldo Domingos, autor do
"Best seller" Terapia Financeira (Editora DSOP).
Ele acrescenta que esse é o período
ideal para promover uma “faxina” financeira no orçamento, com o objetivo de
diagnosticar a atual situação das contas e decidir o que
fazer com o décimo terceiro salário.
O ideal é que esse benefício chegasse
como um bônus para realização de satisfações pessoais, como um presente. No
entanto, desde 1962, quando foi criado esse benefício extra, muita gente o
aguarda ansiosamente para cobrir o desequilíbrio financeiro. Há quem recorra
aos bancos que oferecem antecipação desse recurso como uma forma de empréstimo
para quitar dívidas ou amenizá-las.
Segundo Domingos, pagar dívida com o 13º
salário é combater o efeito do problema financeiro. Com essa atitude, só estará
mascarando o real e verdadeiro problema - a ausência de educação financeira em
toda família. O endividamento é um problema que tem de ser resolvido com o
próprio salário. Ou seja, com a redução nos gastos. É muito provável que
pessoas que estejam nessa situação não estejam respeitando o próprio padrão de
vida.
Só sabe quanto pode gastar, sem ficar no
vermelho, quem sabe exatamente quanto entra e quanto sai do bolso mensalmente.
E, com base nisso, define quanto e com o que pode gastar. Mesmo quando é
necessário entrar em um financiamento para a realização de determinados sonhos
que não são acessíveis de outra forma, é importante avaliar se as parcelas, de
fato, caberão no orçamento, levando em conta todas as outras despesas e demais
sonhos de curto, médio e longo prazos.
Compulsividade
Portanto, antes de ir compulsivamente às
compras de fim de ano, faça um diagnóstico da sua situação financeira.
Relacione todas as despesas fixas e variáveis para descobrir o comprometimento
dos seus ganhos com as dívidas. Investigue para onde está indo cada centavo dos
seus ganhos. Só assim conseguirá saber quais são os gastos supérfluos que podem
ser eliminados.
Verifique se está endividado, ou seja, se já tem mais despesas do que seu bolso suporta. Certifique-se de
que, mesmo estando no azul, vai conseguir pagar as compras que pretende fazer
nesse final de ano, cujas parcelas que se arrastarão pelo ano seguinte,
somando-se aos gastos extras com impostos e escola.
Faça escolhas que estejam dentro do seu
padrão de vida. Se as condições não permitem, procure outras opções mais
prazerosas e de menor valor. O ideal é não se endividar com compras e viagens
de final de ano. Pesquise os melhores preços de presentes e itens da ceia e das
festas, e experimente estipular um valor máximo a gastar com cada item e peça
desconto, sempre.
Felizmente, nem todos estão endividados.
Quem está numa situação mais confortável, de equilíbrio financeiro, mas ainda
não tem o hábito de poupar, pode aproveitar o décimo terceiro para iniciar uma
reserva e manter essa prática de poupar.
Para quem já tem perfil investidor, o
décimo terceiro é oportunidade para incrementar o investimento. 50% pode ser
destinado para alguma aplicação que a pessoa já possua e outros 50% pode servir
para planejar um salto em direção à sua independência financeira, investindo,
por exemplo, em previdência privada.
Domingos lembra ainda: fim de ano também
é tempo de fazer planos para o futuro. Aproveite para reunir a família,
inclusive as crianças, para conversar sobre o que querem realizar nos próximos
anos.
Definam três sonhos prioritários que
tenham diferentes prazos a serem realizados - curto (até um ano), médio (até
dez anos) e longo (acima de dez anos). Esse será um fator de motivação para
ajustar e conduzir o orçamento familiar.
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Eu vejo que a facilidade de crédito está fazendo com que mais pessoas fiquem endividadas e é muito difícil sair dessa situação.
ResponderExcluirOs Benefícios da Previdência