Quem tem boa saúde e é jovem tem
quase certeza de que é imune às enfermidades e se surgirem irá vencê-las. Assim
pensa quem desfruta o vigor da juventude e, consequentemente, da beleza. Sabe que
um dia haverá declínio dessas vantagens, mas acontecerá em futuro longínquo, a
longo, longuíssimo prazo.
Com o passar do tempo, a duras penas, vai aprendendo
que para conservar a saúde terá que adotar novos e bons hábitos e segui-los com
determinação.
Hipócrates, o pai da medicina, já
asseverava que “as forças naturais que existem dentro de nós é que nos curam.”
Mas, se usarmos o pessimismo, o descaso, a imprudência, essas forças agirão
contra nós.
A força existe. Verbo
intransitivo. Tanto poderá ser usada para melhorar ou piorar o estado de saúde,
pois a mente é fonte criadora. A reação se dará segundo o sentido em que for
conduzida, guiada pela vontade.
As causas profundas dos males vem
do coração. Tal qual sentimos, assim pensamos. Tal qual pensamos, assim agimos.
A ação estabelece os hábitos que formam o caráter. Somos seres emocionais e
marcamos presença segundo o teor dos nossos sentimentos.
O médico canadense William Oster
(1910) dizia que “é mais importante saber que tipo de paciente tem a doença do
que saber que doença o paciente tem.” Sua fala, já evidenciava àquela época, o
quanto o doente pode ajudar ou atrapalhar o seu médico.
A força da medicação exterior
pouco adiantará se quem a recebe não colaborar, não for receptivo durante o
tratamento.
O paciente insubmisso, rebelde,
que às primeiras melhoras abusa na convalescência, torna-se candidato à
rescidiva.
Aquele que permanece desanimado,
nervoso, mau humorado agrava seu estado geral.
O orgulho exacerbado também
costuma atrapalhar, e muito, na recuperação.
É como o caso do enfermo que,
após delicada e exitosa cirurgia clamava “veja que absurda e inaceitável essa
situação. Por que estou assim? Logo comigo!”.
Muito comum é o doente voltar-se
contra os que lhe dão assistência. Soltam os cachorros em cima de quem se
desdobra em serviços e cuidados. Grosseria, braveza, revolta, agressividade
acabam sendo as manifestações rotineiras neste quadro. Nessa situação, por
melhores sejam os recursos despendidos, será difícil a melhora definitiva.
Fatos drásticos que resultam em
perdas de entes queridos, doenças graves, abandono, queda financeira,
rebaixamento do status social e outras mazelas costumam definir nos
diagnósticos médicos a expressão: “você fez esse câncer a partir desse episódio
de tristeza, mágoa ou....etc...etc....”
O apóstolo Tiago ao orientar os
cristãos primitivos sobre a importância da renovação dos sentimentos, do
cultivo da alegria, do canto e da oração, registrou em sua espístola
(5:15): “E a oração da fé salvará o doente e o Senhor o levantará”. O Espírito
Emmanuel, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, na página “Estás
doente?”, capítulo 86 do livro Fonte Viva, editora Feb, tece comentários
irretocáveis sobre este versículo voltado à necessidade da reeducação
mental.
Ao falar sobre os preparos
inadiáveis para a grande mudança quando o enfermo é em seu próprio
comportamento, rebelde – o melhor a fazer será buscar a renovação íntima
com a finalidade de obter a cura para os seus males.
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eu ja vi muito isso!
ResponderExcluirMuito comum é o doente voltar-se contra os que lhe dão assistência.
tenho medo que eu torne-me um desses!