Entre os fatores que
desenvolvem esta síndrome estão correria do dia a dia e o trânsito
Você está apressado para chegar ao trabalho
ou faculdade. Sai bem antes do horário para conseguir ir com
calma e se locomover ao local desejado com tranquilidade, porém no meio do
caminho surge um congestionamento. Nesse momento, a alegria de sair
antecipadamente se transforma em tensão. O trânsito é uma das razões do
estresse, mas afinal, o que é essa doença?
"Existem diversos conceitos para o estresse,
uma definição bastante utilizada defendida por Lazarus e Folkman, é que o
estresse é uma demanda ou problemas, internos e/ou externos que ultrapassam os recursos
pessoais e sociais de uma pessoa ao enfrentá-lo", explica a psicóloga
clínica, mestre em Psicologia Clínica e da Saúde pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás/PUC-GO e professora das FaculdadesAlves Faria (Alfa), Renata
Tomaz.
Diversos
motivos podem levar uma pessoa ao estresse, que se não cuidado, evolui para
consequências graves. Segundo a psicóloga, "quaisquer situações podem ser
consideradas estressoras, pois uma situação será considerada estresse
dependendo da forma como a pessoa irá lidar com a mesma. Por exemplo, o que é
estresse para mim, não necessariamente é estresse para você, pois você pode ter
recursos que eu não tenho, para lidar com o problema".
Apesar
disso, a profissional destaca que existem "algumas fontes que podem gerar
estresse, por exemplo, problemas rotineiros (como o trânsito), ou excesso de
trabalho". Quando questionada se a correria do serviço ou a agitação do
dia a dia podem ser influências para o desenvolvimento do estresse, ela afirma
que sim, "porque são situações que vivenciadas todos os dias podem
sobrecarregar as pessoas".
Sobre
a existência de pessoas com mais tendências em ficarem estressadas, Renata
afirma que: "Sim, por exemplo pessoas com baixa resiliência, ou mais
vulneráveis, que estão em situações de risco." A psicóloga explica que um
fator pode influenciar a forma de viver o estresse é o perfil de personalidade.
"Indivíduos com traços ansiosos podem vivenciar com maior frequência, ou
de forma mais intensa o estresse", diz.
Sintomas e Consequencias:
Renata afirma que existem alguns sintomas de
indicação do estresse, como taquicardia, sudorese, arrepios, náuseas, sensações
gastrointestinais, dilatação da pupila, hiperventilação, entre outros. Ela também explica que o estresse pode
levar a diversas complicações com o surgimento de problemas físicos,
psicológicos e sociais. "Está relacionado ao surgimento de doenças
físicas, como gastrite, envelhecimento precoce, baixa imunidade, psoríase, etc.
Pode desenvolver transtornos mentais, como ansiedade, pânico, depressão, ou
dificuldade em se relacionar", cita.
A
psicóloga explica que dependendo da situação, o estresse tem o risco de levar
uma pessoa à morte. "Pode desencadear. Por exemplo, uma pessoa tem uma
doença grave, ou predisposição genética, o estresse pode desencadear um sintoma
severo, ou uma patologia grave, que pode levar uma pessoa a morte", diz.
A
especialista ainda cita algumas maneiras de se evitar a doença.
"Alimentação saudável, atividade física, lazer, buscar modificar
comportamentos e hábitos que podem levar ao estresse (por exemplo,
relaxamento)". Porém, a profissional concede um alerta as pessoas que são
estressadas. "Se o estresse estiver intenso, a pessoa estiver vivenciando
seus sintomas com muita frequência, procure ajuda profissional, através de um
psicólogo, e de um psiquiatra."
Exemplo:
Você
já deve ter observado alguém em determinada situação, e imaginou que esta
pessoa deve estar estressado(a), ou então brigou com algum parente ou amigo, e
no meio da discussão, solta: "Calma! Está estressado?". O estresse é
mais comum do que se pode imaginar, e atinge diversas pessoas das mais variadas
idades, e pode ter início quando criança.
Esse
é o caso de Welica da Silva Mendes. Atualmente com 29 anos, a esteticista
possui a síndrome desde os 12. Ela explica que o excesso de trabalho e correria
do dia a dia são os motivos que causam estresse, e cita alguns sintomas que
indicam que está estressada. "Perco a voz e tremo bastante."
Em
sua opinião, não existem maneiras de se evitar essa síndrome, que provoca
consequências físicas, psicológicas e emocionais, como problemas de pele e
cabelos, dores musculares, baixo libido, depressão, insônia. Ela afirma que
para amenizar o estresse, procurou ajuda fazendo terapia reiki, e pilates.
Além
dessas atividades, para tentar ficar menos estressada, Welica também procurou
ajuda médica. Ela explica que o profissional aconselhou a fazer terapias e
esporte. A esteticista também toma medicamentos: "Uso remédios
diariamente, quatro comprimidos por dia", afirma.
Welica
dá uma sugestão a pessoas que estão sofrendo com problemas relacionados ao
estresse: "Procure fazer terapias como reiki, acupuntura, e sempre que
possível viaje, mude a rotina do dia a dia."
Alimentação:
Você
sabia que a alimentação também influencia no humor das pessoas, e
consequentemente no estresse? A endocrinologista Myrna Campagnoli, explica que
isso acontece quando alguns neurotransmissores responsáveis pela sensação de
prazer, bem-estar e euforia, como a serotonina e a dopamina, são estimulados
pela comida.
Todo
alimento, inclusive os que promovem a boa sensação no organismo, devem ser
consumidos de maneira equilibrada. "O ideal é manterá dieta sempre variada e saudável,
incluindo alimentos que proporcionam bem-estar em todas as refeições. O
estímulo à produção de neurotransmissores está ligado ao consumo do
alimento", afirma a endocrinologista.
Myrna
ressalta que o consumo não precisa ser grande, e que, geralmente, o efeito não
é acumulativo. "Comer uma barra de chocolate inteira ou uma penca de
bananas, por exemplo, não proporcionará uma sensação maior de prazer. Muitas
vezes, inclusive, acontece o oposto", diz.
Segundo
a médica, existem vários alimentos que auxiliam na busca de tranquilidade.
"O leite, por exemplo, é rico em triptofano, cálcio e fósforo. Isso
auxilia na produção de neurotransmissores do bem-estar. O leite também pode
incrementar a produção de substâncias envolvidas na qualidade do sono, ajudando
a dormir melhor e reduzindo o estresse", explica.
A
endocrinologista, explica que uma alimentação errada, o excesso de gordura,
açúcar e sal, além do abuso de álcool são fatores que certamente pioram a
qualidade de vida e causam mal-estar. A profissional também inclui o
sedentarismo nesta lista. "O corpo necessita se movimentar e do consumo de
vitaminas, minerais, fibras e carboidratos para manter um bom funcionamento e a sensação de
bem-estar. Na ausência destes fatores, a sensação de prazer também estará
diminuída", conclui.
Entre
os alimentos que ajudam a melhorar o humor estão a banana, aveia, chocolate,
ovos e leite. Para a melhora do sono e a pessoa ficar mais calma os alimentos
recomendados são o maracujá, mel, queijo e macarrão.
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