Estudos associam as
duas doenças, especialmente quando a cefaleia acontece com muita frequência.
Problema também pode afetar a memória e a capacidade de concentração.

A enxaqueca é uma doença neurológica de causa hereditária. É um tipo de cefaleia em que a dor geralmente é mais forte apenas de um lado da cabeça, sendo pulsante e latejante. Além disso, a enxaqueca pode vir associada a outros sintomas e a pessoa pode sentir ainda um incômodo com luzes, barulhos ou cheiros fortes. “O mais comum durante a crise é sentir a dor de cabeça apenas de um lado na cabeça, mas esta não é uma característica própria da doença”, esclarece a neurologista.
As fortes dores de cabeça aumentam o risco de variados distúrbios do sono. A insônia, a sonolência diurna e o bruxismo noturno, que é o ranger ou apertar dos dentes, são exemplos de transtornos do sono provocados pela enxaqueca.
“Nunca durmo o necessário, vivo com sono”, afirma a jornalista Dhieny Arêbalo, de 22 anos, que foi diagnosticada com enxaqueca há dois anos, depois de muito sofrimento com os sintomas causados. Hoje, mesmo em tratamento, tomando remédio manipulado e retornando ao medico a cada três meses para alteração na dosagem, a jovem ainda é vítima da dor hereditária.

A jornalista, entretanto, assume que tem trabalhado demais e a correria do dia a dia não permite que ela se alimente corretamente. Esses são os principais provocadores da enxaqueca, conforme a neurologista. Estresse, jejum prolongado, mudança da rotina do sono e as alterações hormonais da mestruação e/ou de menopausa.
Complicações
A doença pode vir acompanhada também de aura, um fenômeno neurológico que precede a dor e pode durar de 4 a 30 minutos. A mais comum é a visual, quando a pessoa enxerga luzes piscando, mas podem ocorrer ainda a sensitiva (formigamento de um lado do corpo), a motora (dificuldade de fala) e a hemiparesia (paralisa um lado do corpo, semelhante ao AVC), como explica o neurologista Thaís Villa. Nesses casos, o paciente já sabe que vai ter dor de cabeça por causa da aura e, por isso, toma o medicamento na hora certa, evitando o surgimento do problema.
Tratamento
O primeiro passo para combater a enxaqueca é identificar os seus motivos. Embora alguns sejam mais frequentes, eles podem variar muito de pessoa para pessoa, por isso a avaliação clínica precisa ser bem detalhada e individualizada. “A doença é genética, ela não tem cura, mas tem controle”, destaca a especialista.
No entanto, se a enxaqueca for crônica, é preciso fazer um tratamento de prevenção da dor. Na maioria das vezes, são usados remédios analgésicos ou anti-inflamatórios, mas se a enxaqueca for muito frequente, é melhor procurar um médico, já que o uso excessivo de medicamentos pode levar a uma dor rebote, que ocorre logo após o efeito do remédio e é mais intensa.
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