O Ministério Público, a Associação
Gaúcha de Supermercados (Agas) e a Fecomércio/RS participaram na quinta-feira
(6) em Porto Alegre do 3º Fórum das Sacolas Plásticas - Uma Alternativa: A
Redução. O evento reuniu especialistas, autoridades, consumidores, varejo e
indústria para debater quais serão os próximos passos do Rio Grande do Sul em
busca de alternativas econômicas viáveis e aplicáveis que contribuam para a
preservação ambiental. Preocupação que a sociedade passou a ter com um produto
simples mas que carrega um grande potencial poluidor.
No balanço parcial da campanha Sacola
bem utilizada ajuda o meio ambiente os números apontaram que, em seis meses, de
julho e dezembro de 2012, os supermercados gaúchos distribuíram 153,6 milhões
de sacolas a menos em relação ao mesmo período de 2011. Queda de 19,59%. A boa
notícia é que a redução ocorreu com o aumento de 7,3% de clientes nas lojas.
O mundo - e as cidades, as capitais e
os estados - debate qual a melhor alternativa para reduzir a produção de
sacolas plásticas que, inevitavelmente, terminam jogadas no meio ambiente.
Especialistas apontam entre 100 e 150 milhões de toneladas de lixo espalhadas
nos oceanos, volume cada vez maior, alertam. E deste total, o plástico
representa 6,5 milhões de toneladas todo ano.
Trata-se de um dos produtos mais
poluentes da natureza na relação benefício/tempo de decomposição. Uma sacola
plástica é usada por poucas horas pelo consumidor, no trajeto entre um
estabelecimento comercial e a residência. Poucos dias depois tem como destino o
lixo, ao ser usada na embalagem de resíduos domésticos. E ao chegar ao ar
livre, sem ser reciclada, dura até 500 anos antes de se decompor.
Por isso, órgãos públicos, ONGs e instituições passaram a discutir meios de diminuir a produção do material usado com abundâncias por supermercados, mercados menores, padarias, fruteiras, lojas e empresas. Descobriu-se, principalmente, que o hábito de cada um pode mudar, basta haver estímulo e alternativas.
A própria indústria passou a se
preocupar, com destaque para o polietileno verde, criado pela Braskem. A
tecnologia da chamada “sacola verde”, que troca o petróleo pelo etanol, vem
sendo aprimorada desde 2007. A empresa recebe a matéria da cana-de-açúcar e a
submete a um processo de desidratação para transformá-la em eteno verde. Ele,
então, segue para as plantas de polimerização onde é transformado no
polietileno verde, o plástico de cana-de-açúcar, 100% reciclável.
Entre suas vantagens em relação aos
demais destacam-se a redução de emissão de gases do efeito estufa - cada
tonelada de polietileno verde captura e fixa CO2 da atmosfera - e a aplicação -
ele possui as mesmas propriedades técnicas, aparência e versatilidade de
aplicações do polietileno de fonte fóssil.
Existem soluções e há pessoas interessadas em
mudar o hábito. Basta incentivar.
O que achou do assunto? Comente...
A questão tb está em nos reeducarmos.
ResponderExcluirAntigamente era comum, ver pessoas indo às compras com bolsas de palha( não sei se é palha mas algo semelhante)e agora temos essas de material reciclado.
Penso que tudo está ligado ao hábito e que pode e deve ser mudado começando por nós mesmos.
Abraços e parabéns pelo post.