O simples título já pode nos orientar aonde queremos chegar: pegamos esta bomba onde quer que ela ande, colocamo-la no colo, e a rodeamos com nossos braços. O que vai acontecer? Ela vai explodir e nós voaremos juntos, desfeitos em cacos.
Esse é o Brasil em que estamos vivendo e, assistindo acomodados em nossa poltrona favorita na frente da televisão, nem estamos nos preocupando com o grande estouro que vai acontecer.
Mas, é
isso mesmo.
Todos os
dias um fato novo nos traz a indicação de que a decadência moral está nos
cercando e de que não escaparemos da grande explosão.
Um dia é um protesto contra aumento de passagens de ônibus, no caso de Porto Alegre nem aumento houve porque o Tribunal de Contas do Estado congelou no nível de valores que se vinha praticando, mas assim é, quando se quer a desestabilização.
Nem sei
quais serão os próximos passos, mas sei que não tem Copa das Federações que
segure isso, nem Copa do Mundo que impeça.
O grande estouro está à vista. O que querem os que se opõem ao atual sistema democrático e a posição dos governantes: um cadáver.
Só isso. Um só.
Não serão
necessários grandes movimentos, prisões, torturas, confissões, mentiras, bombas
e bombinhas. Um só cadáver e pronto!
Estará feito o estrago e então vamos “correr atrás da máquina”, porque a primeira bomba vai gerar justamente a reação estatal e a implantação de um estado de exceção, quando então tudo será possível. Assim sempre foi e será.
Enquanto
a sociedade não reage e vai tolerando pequenos e grandes desrespeitos e
atentados, a bomba vai esquentando. No dia em que dela puxarem a trava, os
cacos voarão por toda a parte.
Não quero
assistir, até porque já tenha visto em outras oportunidades, quando igualmente
se foi minimizando, tolerando, até que o povo foi traído e se instalou a
ditadura.
A
história é sempre a mesma: prisões, torturas, confissões, mortes.
Se é isso
que querem para conquistar o poder, não é o que eu quero, até porque já vi este
filme e o final não é feliz... Nesse caso não haverá nenhum “happy end”.
Isso
aqui, portanto, é um alerta.
Não
devemos ser tolerantes, nem imaginar que o quebra-quebra só atinja propriedades
alheias.
E é muita
coisa somada. Daqui a pouco o circo vai pegar fogo e quero ver quem é que vai
devolver as terras aos indígenas, redistribuir os alimentos, racionar a
gasolina, fechar os parlamentos e reorganizar a vida com o partido único...
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