Chegou a hora de tentar alinhar
tudo e é preciso um esforço especial para que caiba no pequeno espaço que se
dispõe e que não se alarga por mágica. Além de que, espichando demais, chateia
os leitores. E para isso, basta recapitular tudo o que se disse e pensou nesses
últimos dias, independentemente do que vier pela frente. Segunda-feira, uma
nova manifestação? Ótimo. Uma greve geral na outra semana? Tudo bem.
Nada vai mudar.
Sabemos que o recado é um só:
todos querem estar juntos e para isso não importa estarem distantes. O que
poderia parecer “milagre tecnológico”, através da internet, já está provado e
comprovado. Agora, receberemos convocações, daremos opiniões, compareceremos ou
apresentaremos escusas, na prática, votaremos, e ainda vamos aprovar, negar,
subscrever, acusar, condenar. Tudo pela internet, a qualquer hora, de um
aparelho público ou privado, de um estabelecimento ou do recesso da nossa casa.
Só na “emoção de estarmos
juntos” como escreveu o sociólogo espanhol Manuel Castels reside a simples
explicação, para quem pense que isso “veio do astral”. Não nasceu lá... mas
veio de lá... passou por lá...
E junto com essa emoção sem
igual de saber-se sem limites, de poder expressar pensamentos os mais diversos,
sem limitação aparente, tem o fato de compartilhar a moradia dos sonhos.
Que a “revolução pela internet”
está feita, isso está com o carimbo de aprovado em decorrência dos últimos
fatos que pontuaram toda esta semana e não há possibilidade de um aparelho
repressivo, apagar isso.
Vamos fazer de conta que estamos
enamorados (os que não estão fechem os olhos e façam de conta, é bom) e vamos
assinar embaixo os presentes que desejamos para todos os momentos de nossa vida
pública e privada: delicadeza nas grandes e nas pequenas coisas, atenção,
respeito, carinho, conforto, se for sexo, que seja bom para os dois lados,
generosidade, compreensão, consideração, admiração e amor que sustenta todos
esses desejos.
É isso que está por detrás desse
enorme e incrível movimento e é preciso que todos, do mais humilde dos mortais
até a presidente da República (ou o poderoso presidente da Fifa...) deputados,
senadores, vereadores, prefeitos, vizinhos, pais e maridos, esposas e filhos,
se sintam imbuídos do mesmo e inigualável espírito.
Utopia? Bem, mas vale a pena
correr atrás de algo que não seja uma utopia das boas?
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Algo inegável... isso abriu a mente de muita, mas muita gente que odiava política. Deu um olhar crítico a elas, um belo presente. E espero que isso se concretiza nas eleições. Nada de ir pras ruas como leão e votar como jumento. Pensa sempre antes. Abraços!
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Djoni Filho Debate