No sábado faz uma data que John Lennon foi morto.
Remember? Ele estava com 40, mesma idade que tenho agora...
No sábado (8) faz uma data que John Lennon foi morto. Remember? Ele estava com 40, mesma idade que tenho agora. Isso me faz pensar
sobre a intensidade de tudo que o beatle maníaco produziu e o que ainda poderia
ter feito. Talvez você discorde. Não será o único. Mas nunca saberemos. Muitos
desconsideram sua carreira-solo que tem umas cachaças. Sem falar em toda a
lengalenga de que a Yoko separou o fabuloso quarteto. Claro que não vou negar
que a japa era um chiclete no couro cabeludo do jealous guy. Até no concerto do telhado da Apple ela tá lá. Sentadinha. Papagaio de
submarino amarelo. Deixa pra lá, que pimenta no sargento dos outros nunca foi
refresco. Até o Paul emitiu recentemente óbvia mas nada gritante declaração de
que Yoko não seria culpada pelo final dos Beatles. Que John sairia de todo
jeito e sem ela, não teria composto Imagine. No bombástico
maio de 68, o casal lançou disco que ficou famoso pela capa e contracapa com os
dois peladíssimos. Puro barulho e experimentações sonoras. Podreira total! Os
demais integrantes do quarteto inglês morreram de vergonha. Já não se poderia
falar do bem comportado conjunto de Liverpool sem levar em consideração o
escandaloso membro que se expunha daquele modo. Trocadilhos inclusos. John se
despia de si e da hipocrisia burguesa.
Outra foto que bombou mostra ele
deitado em posição fetal (nu, claro) abraçado à Yoko. Vestidinha ela, dessa
vez. A imagem foi feita algumas horas antes do assassinato e virou, conforme
prometido pela fotógrafa, capa da Rolling Stones no mês seguinte. Talvez ele
buscasse ainda pela figura materna. Perdeu sua mãe ainda garoto, que aliás
sequer lhe fora tão próxima. E com o pai, pouquíssimo contato teve. No disco Plastic Ono Band, primeiro solo pós-Beatles, lançado em 1970, a faixa
de abertura é uma das mais viscerais que já ouvi. Chama-se Mother e encerra com repetidos gritos primais de Mama don´t go! Daddy come home! A influência sobre o disco The Wall, (Pink Floyd), de 1979, está na cara. Inclusive com idêntica cena fetal
(porém sozinho) do protagonista Bob Geldof no filme homônimo, lançado em 1982.
Em God, do mesmo LP, Lennon encerrava uma
geração com a frase The dream is over. É power! E se não
crê no que digo, escute ainda Gimme some true do álbum Imagine, de 1971.
Comprei semana passada livro
recém-lançado, Cartas de John Lennon. É uma coletânea
de toda correspondência encontrada pelo biógrafo oficial da banda, Hunter
Davies. O jornalista britânico considerou para tanto qualquer bilhete,
autógrafo ou anotação que encontrou assinado pelo cantor, que foram
reproduzidos no volume com mais de 300 páginas. John, que chegou a cursar Artes
Plásticas, desenhava em muitas cartas e postais que mandava. Fazia o mesmo em
autógrafos e qualquer papel que lhe caísse nas mãos. Superbacaninha o traço. E
traços é que não faltam na obra sobre sua relação com a tia Mimi, que o criou,
com a primeira esposa Cinthya e com já citada Yoko. Algumas rusgas com Paul e
jornalistas temperam. Tudo entremeado por comentários do organizador, que
contextualiza a trajetória do artista até o que teria sido seu último autógrafo
a uma moça no estúdio, naquela fria noite de 8 de dezembro, pouco antes de
voltar para casa, onde o sonho acabaria.
Comente, participe...
concerteza john lennon e os beatles foram um marco na cultura do mundo inteiro e deixarão um legado de mais de 400 musicas e uma legiao de fãs ;)
ResponderExcluirsiga-nos no twitter http://twitter.com/ahissomesmo
acesse o site http://ahissomesmo.blogspot.com ;)
Olá, William,
ResponderExcluirEu vejo John Lennon como um entre outros homens lúcidos que levantaram a bandeira da paz contra o imperialismo Inglês e Norte-Americano e as atrocidades das guerras Yoko abraçou sua causa e a humildade do casal fez com que eles se afastassem da arrogância dos parceiros. Essa é minha opinião após ter visto um documentário sobre ele até bem completo. Penso que se não conseguirem diabolizar sua imagem, daqui a algum tempo ele poderá figurar entre os ídolos mortos para adoração dos idólatras.