quinta-feira, 16 de junho de 2011

O que estão fazendo com nossos dados cadastrais?



Tenho reconhecido permanentemente os avanços e os benefícios que foram disponibilizados a todos com o surgimento da internet, esta nova ferramenta que aproxima pessoas e disponibiliza, democraticamente, a transferência de dados e informações.

Essa universalização é um daqueles processos definidos como irreversíveis, com relação a isto, estamos todos de acordo e conformes, agora, temos que registrar um protesto veemente com relação ao mau uso dessa ferramenta.

Óbvio que os organismos internacionais estão se ocupando em disciplinar e criminalizar as práticas nocivas e perniciosas, não obstante, temos que exigir de entidades e associações de classe, às quais estamos vinculados, um respeito às informações que lhes disponibilizamos.

Explico, embora não seja a minha especialidade, que são recorrentes os spams (propagandas não-autorizadas) que recebo diariamente em meu notebook que, além de inconvenientes, entulham a minha caixa de entrada.

Os spammers, aqueles que enviam propaganda eletrônica sem autorização, sempre se valem da esperteza de muitos e da falta de organizações que se ocupem do registro dos domínios, são apenas 900 em todo o mundo, e sendo que alguns desses provedores não são zelosos com esses endereços, quase sempre os comercializando inescrupulosamente.

Dentro desse quadro totalmente incontrolável, são oferecidos pela internet cadastros atualizados e segmentados para todo o país e o mundo, o que facilita a ação de pedófilos, traficantes e vigaristas em geral, todos encobertos pelo manto terrível do anonimato.

Ainda não uso a internet para transações bancárias nem para compras, embora reconhecendo a eficiência e a eficácia desses mecanismos, mas me considero dela dependente, tanto pessoal, como profissionalmente, usando regularmente todo esse aparato de comunicação que nos é disponibilizado, tornando-nos cidadãos interativos e protagonistas universais.

Esta queixa com relação à banalização na utilização e na disponibilização dos nossos dados pessoais é generalizada, no entanto, creio que possamos exigir de todos a quem confiamos o cadastro essa responsabilidade, agindo, inclusive, judicialmente, responsabilizando-os por danos morais, pois, em muitos casos, são perfeitamente identificáveis os que criminosamente entregam nossas informações à nossa revelia.

Por Alberto Amaral Alfaro.

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Um comentário:

  1. sim e tem mais, tudo o que é postado na rede pode ser usado como documento em um tribunal, então toda cautela é pouca.. parabéns pelo artigo !

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