

Os antigos filósofos já diziam que o ser humano era um animal social, um ser que necessita da interação entre seus iguais, e esses filósofos não poderiam estar mais certos. Desde o momento em que nasce, o ser humano busca a interação, a convivência com seus semelhantes, e isso explica em parte por que vivemos com os pais até os dezessete, dezoito anos, e por que estudamos em uma escola, em uma turma com a qual interagimos e convivemos diariamente.
Como disse Mário Quintana, escritor gaúcho:
“a arte de viver é simplesmente a arte de conviver...
Simplesmente, disse eu? Mas como é difícil”.
Nessa brilhante frase, ele simplesmente mostra que viver em um grupo, em uma sociedade é tão difícil quanto é necessário para o ser humano, e certamente ele está com a razão, pois o caráter de uma pessoa é formado pelas pessoas com as quais ela convive, por mais difícil que possa ser algumas vezes.
Outro desafio humano é a convivência entre raças, povos e etnias diferentes, exemplificada nas palavras de Martin Luther King, ativista social norte-americano que, em um de seus discursos, afirmou:
“Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a viver como irmãos”, referindo-se ao preconceito racial, pois conviver não se resume apenas à interação entre duas pessoas, mas inclui também o relacionamento entre grupos diferentes, especialmente em um mundo tão globalizado quanto o de hoje, no qual mais de dois milhões de pessoas saem da Ásia e da África em direção à Europa e Estados Unidos no período de apenas um ano.
Mesmo que algumas vezes possa ser muito difícil conviver com algumas pessoas, essa parte da experiência humana é essencial para uma vida completa, e as barreiras que impedem a completa integração entre pessoas e povos diferentes só serão derrubadas quando as pessoas entenderem a importância das interações sociais para a vida humana e o absurdo que representa a exclusão de algumas pessoas simplesmente porque nasceram com uma cor de pele diferente ou em um lugar diferente no mundo.
Muito já foi feito, por pessoas como Martin Luther King e outros ativistas sociais, mas um longo caminho ainda deve ser percorrido para que o ser humano transforme-se, finalmente, em um animal completamente social como já diziam os antigos filósofos.
Por Felipe Susin.
“Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a viver como irmãos” -Martin Luther King, ativista social norte-americano.
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