sexta-feira, 3 de junho de 2011
Lembranças e depressão
A depressão é uma condição emocional que se configura em um futuro próximo como a doença de maior incidência no mundo, retirando de nós a possibilidade de uma vida em abundância, próspera e saudável. Inúmeros são os fatores que viabilizam a sua entrada e muitos outros os que impossibilitam a sua retirada. Não podemos ficar como simples expectadores ou vítimas de uma condição que arruína a vitalidade do ser humano, levando-o às mais dolorosas consequências.
Sabemos que os indivíduos deprimidos, provavelmente por causa da sua baixa autoestima, têm a tendência de atribuir a si mesmo, sem questionamentos, os motivos dos seus fracassos e por isso mesmo são perpetuadores do ciclo depressivo. Já as pessoas não deprimidas buscam analisar de forma menos imparcial possível os reais motivos dos seus insucessos. Essas, ao contrário de desistir e se entregar, tentam descobrir formas diferenciadas de como lidar com as dificuldades do cotidiano.
Os estudos que buscam novas descobertas sobre o diagnóstico e tratamento da depressão têm descoberto que a forma como recordamos eventos passados têm influência direta na nossa resposta emocional.
As descobertas sugerem que um fenômeno conhecido na área científica como “memória supergeneralizada” é capaz de produzir sintomas de depressão. A memória supergeneralizada são lembranças autobiográficas, geralmente em pacientes depressivos, que se caracterizam por serem supergeneralizadas, ou seja, excessivamente genéricas e inespecíficas. Esse jeito de lembrar empobrece o processo de imaginação do futuro, a habilidade de resolução de problemas, favorece os processos ruminativos e potencializa os atos suicidas.
As descobertas sugerem que “a memória supergeneralizada”, uma tendência para recordar acontecimentos passados de forma vaga e ampla, é um fator que deixa o indivíduo emocionalmente frágil para lidar com ocorrências negativas.
Cientistas da Universidade de New South Wales, em Sydney, na Austrália, avaliaram 46 bombeiros durante a sua formação inicial e novamente quatro anos depois. Aqueles que não se lembravam do passado em detalhes específicos tinham muito mais chances de desenvolver a depressão.
Verifica-se que pesquisadores acreditam que tais percepções possam ser também úteis no tratamento da depressão. Pesquisadores espanhóis relataram que os pacientes idosos apresentaram menos sintomas de depressão e desespero depois que praticavam as técnicas para recuperar as memórias mais detalhadas.
Saber lidar com as emoções é uma atitude construtiva e podemos aprender. Há situações em que lembrar demais faz mal, mas já há outras em que lembrar demais faz bem.
Por Renner Cândido Reis.
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Postado por
William Junior
às
17:33
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É lendo assim parece simples,mas controlar as emoções é uma tarefa muito dificíl, as vezes quase impossível, pois tem momentos que as emoçóes parecem assumir vontade própria.
ResponderExcluirOlá amigo uma excelente matéria,mas como controlar os nossos sentimentos quando tudo parece acontecer ao mesmo tempo,parece ser um teste para ver nossas atitudes tais acontecimentos nas nossas vidas que com o tempo viram amargas e dolorosas lembranças!!!
ResponderExcluirAbraços!!
Muito bom seu artigo meu amigo!
ResponderExcluirE na realidade este é um assunto tão amplo e complexo que se torna difícil esgotar todas as possibilidades de uma só vez.
Existem ainda os fatores genéticos que são o segredo do cofre que guarda esta letal experiência chamada depressão.
Um grande abraço!
Flora.
De fato as emoções tem de estar bem equilibrada sem exageros na vida!
ResponderExcluirPassei por isso sei o quanto é dificil mas lutei e superei isso!
Mais uma denominação para o cardápio das generalizações, que convenhamos nada acrescenta, e só serve para baralhar, eis o impasse a que chegou a psicologia dos humanos.
ResponderExcluirA depressão é exatamente o contrário da memória supergeneralizada, dado que a obsessão é coisa bem vincada e específica. devido a recalques exagerados.
A resposta foi dado pelos amigos que comentaram, que nos dizem uma coisa simples, que a questão é complexa e envolve muitos outros fatores que estão para além de uma ciência matemática.
Continuamos a querer uniformizar, características particulares e subjetivas.
Gostaria de saber como algum dia isso será possível ?
A ciência parece não possuir o cuidado, que lhe deve ser exigido ao transmitir seus conhecimentos, o que a conduz à crença, que não ao mais saber.
Por acaso está esgotado o saber humano ?
Ou, apenas não desejamos enxergar outras perspectivas ?
Um abraço