sábado, 28 de maio de 2011

Amigo Vira-lata



A tradição gaúcha tem como lema que o cão é o melhor amigo do homem. Esse lema vem da campanha, pois o cachorro e o cavalo complementam a figura do gaúcho que, ao sair para a faina campeira, tem o cusco como guarda-costas fiel. Esse costume do campo foi levado para o meio urbano e, assim, rara a casa em que o cão não esteja presente, como vigilante noturno ou como um amigo sempre pronto a manter a integridade da casa.

Muitas são as histórias sobre cães que chegam ao sacrifício da própria vida para defender e salvar o seu dono quando de acidentes, de brigas ou de tentativas de assaltos e outros ou, ainda - fato comum - quando é visto como herói ao participar na busca de vidas quando de tragédias, sem contar a atividade policial no encontro de drogas em aeroportos e rodoviárias ou na ajuda pela manutenção da ordem, no dia-a-dia da força policial militar.

A falta de conscientização pública, no entanto, fez com que verdadeiras matilhas perambulem pelas ruas das cidades, criando inúmeras dificuldades quer para o trânsito de veículos, quer para a população, pois as pessoas, não raras vezes, terminam rodeadas por cães que, em busca de alimentos, viram latas ou rasgam sacos de lixo, esparramando restos de alimentos, papéis e outros produtos considerados inservíveis pelas ruas ou, então, se engalfinham em disputa de cadelas no cio.

A culpa, entendemos, cabe à própria população, que clama por uma solução, mas esquece que o animal solto segue seu próprio instinto, na melhor maneira de sobrevivência. Quantas famílias adotam animais, mas, ao invés de mantê-los alimentados e nos quintais, preferem deixá-los pelas ruas para a geração de ninhadas que, fatalmente, aumentarão o número de cães nas cidades.

Em meio ao abandono dos animais e à grita da sociedade, lembramos a presença de entidades voltadas à proteção destes, como exemplo, o Grupo Amigo Vira-lata que, preocupado com o "amigo do homem", busca a melhor maneira de proteger o cão de rua. O grupo realiza diversas atividades, como brechó na praça, cuja finalidade é angariar fundos para a imunização de cães visando, em médio prazo, a reduzir o número de animais soltos.

A atividade desse grupo merece elogios e colaboração, pois está voltada a um trabalho que, em verdade, deveria ser de todos, sabendo-se que apenas uma cadela solta pode gerar mais ou menos oito filhotes e, nessa média, a castração de uma em uma centena de animais evita o nascimento de aproximadamente 800. Paralelamente, a conscientização de que um cão mantido no quintal, será um reprodutor a menos nas ruas. Sua cidade possui algum grupo de proteção aos animais abandonados? Conte para nós como é feito esse trabalho?

Por Moacir Rodrigues

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