Muito tem se falado
nos últimos dias sobre a necessidade de valorizarmos e repensarmos a Educação.
Este tema torna-se pauta de jornais, revistas e documentários. Entretanto,
observo que, por vezes, o debate cai no vazio. Não se qualifica especificamente
a quem se direciona à crítica (Ao Estado? Ao Governo? Às escolas? Aos
professores?), quais os principais argumentos sustentados e quais as possíveis
soluções. Todo mundo quer falar de Educação mesmo que não tenham muito a falar
sobre isso.
Não podemos usar certas
desculpas para tentar explicar o porquê de nosso país ter ficado em penúltimo
lugar no ranking da educação: “A primeira universidade brasileira foi criada
somente em 1920”. “O Ministério da Educação surgiu apenas em 1931 com Vargas.”
“A primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação só foi feita em 1961.” “A
estrutura da escola é antiquada, do século XIX.” Somos tão vítimas de nosso
passado? Não somos sujeitos que fazem história? A Educação pode mudar?
Vamos dimensionar
nosso olhar. Observo que a universidade tem contribuído com este debate. Vejam.
Na década de 1960 surgiu o planejamento de aula, em que professores deveriam
burocratizar suas atividades em classe. O tal quadrinho autoritário (conteúdo,
procedimento, avaliação) tem caído. Temos ensinado nossos estudantes a
trabalharem com o planejamento participativo, que permite um diagnóstico da
turma, um entendimento da realidade da comunidade onde a escola está inserida.
No passado o professor apenas professava verdades, transmitia conteúdos. Hoje os
universitários têm aprendido a dialogar, questionar, ajudar os alunos a
repensarem sua identidade e o mundo em que vivem.
Temos motivos para
termos uma Educação fracassada? Temos uma história de atraso, sim. Porém, a
Educação só vai mudar quando transformações estruturais ocorrem e não apenas
porque o passado nos condena. E aqui me refiro a uma mudança estrutural no
Estado - o que extrapola as questões de governo. Por isso, vamos avançar neste
debate e unir nossas forças para uma mudança de verdade.
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