Os Estados Unidos, juntamente com outras lideranças
de superpotências mundiais, continuam pressionando o Irã, no sentido de
destruir seu programa nuclear, como eliminação de possível ameaça futura ao
sistema de segurança das nações.
Também consideramos que o Irã ganharia muito mais
se investisse pesado no lado social do próprio país mas, entendemos que a
pretensão das superpotências tem como objetivo que só a elas cabe o direito de
construir e manter projetos nucleares, assim como se intitulando defensoras do
mundo, enquanto as nações consideradas subdesenvolvidas precisam ficar
atreladas e sem nenhum poder de barganha, mesmo nos próprios assuntos internos.
O melhor
exemplo a ser dado seria a eliminação total dos programas nucleares de uma
maneira abrangente por parte de Estados Unidos, Rússia, Inglaterra e outras
potências que hoje, pelos arsenais que possuem, detém condições de intimidar o
mundo com armamento de destruição maciça.
Por que o pensamento do "nós podemos qualquer
coisa, mas vocês têm que se submeterem ao que nós queremos", sem
nenhuma possibilidade de defesa, permanecendo refém do poder e da
vontade de outros que se consideram no direito de interferir na autonomia dos
países.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry,
como exemplo, em entrevista disse que os Estados Unidos "não são cegos e
nem burros" ao falar sobre as negociações com o Irã para o encontro de uma
solução para o extermínio do programa nuclear iraniano, mas esquecem, talvez,
que os iranianos também não devem ser cegos ou burros para saber que não podem
se submeter à vontade total das grandes potências mundiais e assim, buscam
tempo suficiente para chegar à condição de detentor do processo de conhecimento
no processo de enriquecimento do urânio, para a fabricação de artefatos
atômicos, se é que já não o conhece.
Se Estados Unidos, Rússia, Inglaterra, França e
outras nações optassem pelo fim total do processo nuclear, mesmo assim
continuariam sendo infinitamente superiores, no que diz respeito à
potencialidade militar, pela tecnologia que detém no setor e, com isso, teriam
maior autoridade para exigir das outras nações o mesmo caminho, de maneira
paralela, em nome da paz mundial.
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