Por longo tempo, a comunicação organizacional teve como base de seu
discurso o produto, priorizando na interação a troca entre valor monetário e
produto, fato que hoje ainda ocorre em algumas organizações.
Para atingir tais
objetivos, bastava as empresas estabelecerem uma comunicação informacional e
transmissiva a respeito das características do produto, com ênfase aos aspectos
que mais convinha à empresa salientar, atribuindo dessa forma à comunicação um
papel especificamente instrumental e transmissivo.
Com o passar do tempo,
muitas empresas entenderam que era insuficiente esse modelo de comunicação para
conquistar e fidelizar seus públicos de interesse, necessitando, dessa forma,
maior aproximação com a sociedade, era necessário ir além de informar, “porque
informar não é comunicar”.
Essas empresas passaram então, a incorporar serviços
a seus produtos, com isso estabeleceram com a sociedade mais do que somente
troca, estabeleceram relacionamento, a partir de uma comunicação dialógica.
Entretanto, o dialogismo também continuou sendo insuficiente do ponto de vista
comunicacional, uma vez que a supremacia permaneceu sendo do emissor.
É
possível perceber esse modelo de comunicação nas empresas que estabelecem as
regras tanto em relação a produto e/ou serviços alheias à vontade e necessidade
do consumidor. Como resultado, temos consumidores insatisfeitos e muitas vezes
reféns dessas empresas, quando estas se constituem monopólios, ou ainda, quando
todas de um determinado segmento, operam dentro de um mesmo sistema e padrão,
não fazendo diferença ao consumidor migrar para concorrência.
Como exemplo,
temos as companhias de telefonia, que por atuarem no perfil descrito acima,
resultam em campeãs de reclamações nos Procons. Entretanto, estas não são as
únicas, poderia citar outras, mas o objetivo do texto é alertar não apontar.
Você pode identificá-las, inclusive, através da comunicação que estabelecem com
seus públicos.
Lembrando que, a comunicação vai além de informar, diz respeito
ao diálogo, é integradora e considera o outro na relação, porque “informar, não
é comunicar”.
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Verdade, informar não é comunicar e somente as chamadas monopólios e oligopólios mantém seus clientes, porque estes não têm outra opção. Mas as empresas pequenas que não começarem a buscar essa aproximação com o cliente estão condenadas ao fracasso. E fechar as portas é uma questão de tempo.
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