Do vestido da mãe
ao carro, apontam dados estatísticos do Instituto Alana, organização sem fins
lucrativos voltado ao direito das crianças e dos adolescentes
As
crianças chegam a participar de 80% das decisões de compra em uma família - do
vestido da mãe ao carro, apontam dados estatísticos do Instituto Alana,
organização sem fins lucrativos voltado ao direito das crianças e dos
adolescentes. Levantamento do instituto indica que, em 60% das compras de
automóveis, por exemplo, as crianças são consultadas. Os dados foram
apresentados nesta terça-feira (5) na abertura dos seminários Infância e
Comunicação: Marcos Legais e Políticas Públicas, na Câmara dos Deputados.
"Daí
a importância desse público ser visto como influenciador e promotor de
vendas", explicou o advogado da área de Defesa do Instituto Alana, Pedro
Hartung. Ao longo do dia, três meses de debate ainda vão discutir classificação
indicativa e proteção da imagem da criança e do adolescente na mídia na Câmara.
Desde
o dia 1º de março, estão proibidas ações de merchandising (publicidade indireta
inserida em programas, com a exposição de produtos) dirigidas ao público
infantil em programas criados ou produzidos especificamente para crianças em
qualquer veículo. Há 12 anos, tramita no Congresso o Projeto de Lei 5.921/2001
sobre publicidade e comunicação dirigidas a esse público.
Televisão
Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a criança e o adolescente brasileiros (entre 0 e 17 anos) passam, em média, cerca de 5h17min em frente à televisão. Para a a diretora associada do Centro de Mídia Infantil Judge Baker, nos Estados Unidos, e autora do livro Criança do Consumo, Susan Linn, o marketing infanto-juvenil é um negócio lucrativo. Ela informou que, nos Estados Unidos, são gastos mais de U$ 17 bilhões anualmente.
Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a criança e o adolescente brasileiros (entre 0 e 17 anos) passam, em média, cerca de 5h17min em frente à televisão. Para a a diretora associada do Centro de Mídia Infantil Judge Baker, nos Estados Unidos, e autora do livro Criança do Consumo, Susan Linn, o marketing infanto-juvenil é um negócio lucrativo. Ela informou que, nos Estados Unidos, são gastos mais de U$ 17 bilhões anualmente.
"Pesquisas
mostram que a comercialização da vida das crianças é um fator que contribui
para a epidemia da obesidade, a violência entre adolescentes, a sexualidade
precoce e o estresse familiar. Além disso, faz que haja a erosão de
brincadeiras que envolvem a criatividade, importantes para o desenvolvimento do
cérebro, o fundamento do pensamento crítico, do aprendizado e da
disciplina", disse Susan.
Americanos
De acordo com a pesquisadora, crianças norte-americanas de menos de 2 anos chegam a gastar, em média, duas horas por dia na frente de uma tela - assistindo televisão ou a vídeos na internet. Segundo ela, a incidência de horas é ainda mais alta entre crianças de famílias de baixa renda. A diretora defende que o Poder Público empenhe esforços para impor limites ao tempo que as crianças gastam assistindo televisão.
De acordo com a pesquisadora, crianças norte-americanas de menos de 2 anos chegam a gastar, em média, duas horas por dia na frente de uma tela - assistindo televisão ou a vídeos na internet. Segundo ela, a incidência de horas é ainda mais alta entre crianças de famílias de baixa renda. A diretora defende que o Poder Público empenhe esforços para impor limites ao tempo que as crianças gastam assistindo televisão.
Para
a representante da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério
da Justiça, Juliana Pereira da Silva, a criança e o adolescente são
considerados consumidores por equiparação, de acordo com o Código de Defesa do
Consumidor (CDC), com a diferença de serem mais vulneráveis.
Vulnerabilidade
"Diante de um serviço ou produto, as pessoas são vulneráveis. Isso não tem a ver com a capacidade de discernimento. A violação desses direitos pode ser dar em uma situação que foge ao controle do consumidor ou no caso de um produto que não funciona, por exemplo. Se o adulto é vulnerável, a criança é mais ainda", explicou Juliana.
"Diante de um serviço ou produto, as pessoas são vulneráveis. Isso não tem a ver com a capacidade de discernimento. A violação desses direitos pode ser dar em uma situação que foge ao controle do consumidor ou no caso de um produto que não funciona, por exemplo. Se o adulto é vulnerável, a criança é mais ainda", explicou Juliana.
Fonte: Agência Brasil.
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Daí a importância do que estamos mostrando , incentivando e permitindo que nossas crianças "engulam" , literalmente falando ou não!
ResponderExcluirMuito bom artigo.
Abraço,
Ká
A propaganda hoje em dia é direcionada as crianças justamente pela suas influências ao se adquirir um produto para a família. Triste modo de jogar lixo nas cabecinhas ainda em formação
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