O período de verão
expõe a fragilidade do nosso sistema de geração elétrica, dependente da
capacidade hídrica dos nossos reservatórios, que historicamente reduzem de forma
drástica seus níveis nesta estação do ano. Enquanto isso, no Rio Grande do Sul,
dispomos de mais de 28,5 bilhões de toneladas de carvão mineral, 90% das
reservas nacionais. Ocorre que, além de responder por 40% da geração de
eletricidade no mundo, a termoeletricidade não é dependente de variáveis
climáticas, como o regime de chuvas ou de ventos, no caso da geração eólica.
Pode-se colocar energia no sistema a qualquer tempo, o que permite segurança no
abastecimento. Além disso, nosso Estado busca em outras unidades da federação
60% da energia que consome.
Também é preciso
considerar que em 2017 o carvão deverá igualar o petróleo como principal fonte
de geração mundial de energia. Isso ocorre em um momento no qual tecnologias
mais limpas de queima do carvão, com controle de emissões de gases e
particulados, tornam essa modalidade de geração compatível com as necessárias
preocupações com a preservação ambiental.
Vários fatores
recomendam a ampliação da geração termoelétrica com uso do carvão. Dispomos de
extensas jazidas que podem ser exploradas com competitividade. Esses recursos
podem ser utilizados nas regiões onde estão localizados, com evidente
otimização econômica. A implantação das plantas geradoras contribuiria para a
geração de empregos na Metade Sul do Estado que necessita de investimentos.
O carvão mineral
mundial historicamente apresenta preços estáveis, desatrelados das oscilações
do mercado. O aumento da oferta de energia no extremo sul do Sistema
Interligado Nacional propiciaria vantagens para todo o sistema, pois evitaria
as perdas que ocorrem na transmissão. Todas as formas de geração são
complementares e o país não pode abrir mão de nenhuma delas.
Hoje temos cinco
projetos termoelétricos a carvão mineral no RS, que se encontram em estágio de
maturação e demandam investimentos estimados em cerca de R$ 8 bilhões. Destes,
três estão aptos a participar de um eventual leilão que venha a ser promovido
pelo Ministério de Minas e Energia. Por tudo isso é grande a nossa expectativa.
Energia firme e suficiente é um dos aspectos fundamentais da infraestrutura
necessária para a atração de investimentos e desenvolvimento econômico do Rio
Grande.
Caleb de Oliveira. Secretário de
Infraestrutura e Logística do RSDeixe seu comentário...
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