Velhos manuais de marketing, escritos antes mesmo de o termo virar moda, apregoavam que a venda começa quando o cliente diz não. Sem a negativa, o nome para essa troca de valores por objetos e/ou serviços seria, no máximo, compra. Venda, jamais. Ao final, o resultado pode até ser parecido. Porém, apenas no sim, ambos saem perdendo: cliente sem chance de barganhar ou conhecer outras opções, ao vendedor é sonegada a oportunidade de aprimorar-se com vistas para a próxima transação.
Acontece algo muito parecido dentro dos nossos lares. Educar um filho começa tão somente quando os pais dizem não. Sem a negativa, o nome para essa troca de afetos pode ser qualquer um que se resolva dar: liberdade, direito, prêmio. Para piorar, o resultado também pode soar parecido. Porém, ambos saem da interação sem nenhum aprendizado: à criança é sonegada a chance de lidar desde tenra idade com a noção de limite, enquanto os pais perdem a oportunidade de transmitir valores.
É sempre junto ao universo daquilo que não podemos que estará contido o que podemos; junto do que não devemos que estará o que devemos; do que não precisamos aquilo que precisamos. Tão necessárias quanto as possibilidades são as impossibilidades. Talvez até mais. São os limites que nos moldam e, mesmo para rompê-los, é preciso reconhecer sua existência – ultrapassar o quê, se nada me baliza?
Apesar de sua fama negativa, por assim dizer, o não é a palavra que mais protege. É o termo preferido de nossa consciência, ela que existe para discernir entre o certo e o errado. O não, assim como a dor, são heróis incompreendidos que nos salvam de nós mesmos. O sim, tão belo (tão necessário), desconhece o perigo. Nunca mede as consequências de seu poder.
Tenho filhos e amo seus sorrisos diante dos meus sins. Contudo, sem o interdito firme e repetido, o aprendizado deixaria de acontecer. E, sem ele (sem a transmissão de valores), sei que terão dúvida na hora de dizer não ao que a vida oferece – vendedora às vezes inescrupulosa. Uns ficarão sem conhecer todas as opções, a outra sem a necessidade de aprimorar-se.
Por: Rubem Penz.
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Não é um bom começo
Postado por
William Junior
às
21:55
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Olá amigo , tudo bem com você ? Espero que sim!
ResponderExcluirArtigo maravilhoso e que nos traz bastante ensinamento!
Penso que o "sim " e o "não", devem ser ditos alicerçados na razão sempre, ainda que as vezes , como todos nós sabemos, a emoção interfere um pouco dependendo da dose.
Mas devemos disciplinarmos nossas mentes e procurarmos lidarmos bem com nossas emoções ; em suma, nos conhecermos o máximo que pudermos ,para não deixar que emoções em demasia interfiram na hora de dizer um "sim" e um "não" para os nossos filhos e isso é um trabalho de auto conscientização árduo, mas que produz resultados belíssimos na educação de nossas crianças!Um abraço, Luciano!