quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Eleição até que é legal

Pronto, foram-se as eleições 2012. Há dias tivemos segundo turno em 50 cidades e, agora, só em 2014. Votar é legal, não é mesmo? O poder nas mãos do eleitor. Você decidindo o futuro do País. O problema é acertar na hora de escolher o candidato. Votar é mais ou menos como jogar na Mega-Sena, correndo um pouco mais de riscos. Basta definir os números, fazer a aposta e se frustrar depois. Você até pode acertar, mas a chance de obter sucesso é de uma em 50 milhões. Na Mega também.


Urna eletrônica é outra coisa legal. A apuração está cada vez mais rápida. Hoje a coisa é tão ágil que o sujeito acorda no domingo se achando eleito e vai dormir com a cabeça inchada, às 20 horas, sabendo que só recebeu dois votos: o dele e o de algum tapado que se atrapalhou todo e votou nele por engano.

Confesso que fico tenso quando entro na cabine para votar. Receio chegar na urna eletrônica e me deparar com alguma mensagem inesperada naquela tela minúscula. Algo do tipo “game over” ou “saque indisponível”. Ou pior: “Seu título está vencido. Volte duas casas”. Felizmente, isso nunca aconteceu, mas o frio na barriga só passa quando aparece a mensagem “fim” e toca aquela musiquinha eletrônica característica.

Segundo turno também é legal. Se você optou sem pensar muito no primeiro turno, não tem problema. No segundo tem a chance de se equivocar outra vez. Errar é humano, persistir no erro é votar mal também no segundo turno.

Mas se o processo hoje é todo eletrônico, penso que podemos evoluir um pouco mais. Os candidatos, por exemplo, bem que podiam ser eletrônicos também. E quando aprontassem alguma, a gente puxava a tomada. “Game over” para eles. Isso sim é que seria legal. Enquanto não chegamos neste estágio, o melhor mesmo é escolhermos bem nossos candidatos para votarmos com a mais correta das intenções e a consciência limpa. E isso também é bem legal.

Por Sérgio Pereira.



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