quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Cada chefe sabe a clientela que tem.


Fato Histórico, extraído de um texto escrito por Benjamin Franklin:

Por ocasião do tratado de Lancaster, na Pensilvânia (Estados Unidos), no ano de 1744, entre o governo da Virgínia e as seis nações indígenas, os representantes da Virgínia informaram aos índios que em Williamsburg havia um colégio dotado de fundos para a educação de jovens índios e que, se os chefes das seis nações quisessem enviar meia dúzia de seus meninos, o governo se responsabilizaria para que eles fossem bem tratados e aprendessem todos os conhecimentos do homem branco. A essa oferta, o representante dos índios respondeu:

"Apreciaríamos enormemente o tipo de educação que é dada nesses colégios e nos damos conta de que o cuidado de nossos jovens, durante sua permanência entre vocês, será custoso. Estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de coração.

Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa idéia de educação não é a mesma que a nossa.

.......Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando voltaram para nós, eles eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportar o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselhereiros.
Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão oferecemos aos nobres senhores da Virgínia que nos enviem alguns de seus jovens que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, deles, homens."

Essa pequena passagem da história norte-americana demonstra como não é possível afirmar que há uma única forma ou modelo de educação.
Cada país, cada sociedade tem realidades e valores diferentes e, por isso, tem uma concepção diferente de educação.

A idéia de educação de cada povo depende, portanto, de sua realidade concreta e de seus valores. No trecho histórico citado acima, podemos perceber pela fala dos índios que a educação dada pelas escolas do norte aos jovens indígenas não correspondia nem aos valores nem à realidade das nações indígenas nas quais nasceram e deviam viver.

Pensando agora no atual sistema educacional brasileiro, ele prepara os jovens para enfrentar a vida e as necessidades do mercado de trabalho?


Deixe seu comentário, sua opinião sobre o que deve mudar em nossas escolas para que formem realmente cidadãos críticos, responsáveis e com caráter para decidir o que é melhor para si e para a sociedade.

3 comentários:

  1. William!
    A verdade nunca é absoluta, "discutíamos" eu e Ebrael. Tudo nesse mundo é relativo e depende de quem pensa, ouve e se comunica. Se dentro de uma casa temos uma infinidade de opiniões diferentes, imagina entre culturas distintas!
    O que deve mudar em nossas escolas? A remuneração do professor, em primeiro lugar. Incentivo para que os mesmos continuem se especializando, em segundo. Apoio de um profissional da área psi é fundamental. Escolas com computadores, acesso a internet, biblioteca vasta...Didática de ensino.
    Bjs!

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  2. Será mesmo que a verdade é relativa?

    A verdade é constante, não muda.

    Certo e errado são valores eternos. O que era certo era certo no passado, é certo no presente e será certo no futuro. Esses valores não mundam de dia para dia, ano para ano, década para década, ou século para século. O certo e errado não se alteram com as estações, nem mundam para ficar na moda. A verdade continua constante e confiàvel.

    Observe este diálogo entre Protágoras e Sócrates.

    Protágoras: "A verdade é relativa. É somente uma quaestão deopinião".

    Sócrates: "Você quer dizer que a verdade é mera opinião subjetiva?"

    Protágoras: "Exatamente. O que é verdade para você, é verdade para você, e o que é verdade para mim, é verdade para mim. A verdade é subjetiva".

    Sócrates: "Você quer dizer realmente isso? Que minha opinião é verdadeira em virtude de ser minha opinião?"

    Protágoras: "Sem dúvida!"

    Sócrates: "Minha opinião é: a verdade é absoluda, não opinião, e que você, Sr. Protágoras, está em absolutamente em erro. Visto que é minha opinião, então você deve conceder que ela é verdadeira segundo a sua filosofia."

    Protágoras: "Você está absolutamente correto, Sócrates".

    A filosofia por trás do Pós-modernismo não é nova. Sócrates já havia demonstrado a inconciência lógica do relativismo há mais de 2.400 anos.

    Salomão, certa vez, disse: "Não há nada novo debaixo do sol". (Ec 1:9)

    Sofismas que previamente existiram ressurgem em nossos dias com nova roupagem semântica; não há nada de novo, somente coisas velhas acontecendo a pessoas novas.

    Grande abraço e Fica com Deus.

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  3. É claro, cada povo tem sua cultura e tal, mas hoje, alguém bem qualificado pode conseguir um emprego nos EUA, ou seja, embora não tenhamos a mesma cultura a globalização talvez nos possibilite isso, muitas pessoas viajam para outros países para aprender mais, e podem voltar para o de origem e aplicar esse conhecimento, é claro ainda tem índios por aí, mas nehuma pessoa irá ir para um curso de como ser índio para o futuro, só para o conhecimento do sistema índio, nada mais.

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