As pessoas são dependentes desse novo engenho, antes eram executivos, empresários e liberais, hoje uma gama imensa não resistiu a modernidade e necessidade, tornando-se escravo dele. A cena protagonizada por quem usa essa forma de comunicação, é extraordinária e hilariante, em relação aos cacoetes adquiridos. Um conhecido meu estando no elevador, o seu celular tocou, final de expediente, já indo para casa, além da pasta carregava dois processos, na ânsia de atender a chamada, derrubou a pasta e os processos, e começou se apalpar, com as mãos, do tronco aos bolsos laterais da calças para localizar o aparelho. Encontrou, quando atendeu, caiu a ligação, praguejou, juntou suas tralhas e seguiu, na esperança do celular tocar novamente. A indiscrição das chamadas no celular é algo terrível, toca nas horas mais impróprias, na madrugada, quer durante a missa, numa reunião ou mesmo num velório. Assisti numa ocasião, em um baile, um cidadão dançando e falando ao celular, não tem lugar que o celular não nos descubra. Quando não interrompem algo especial, na cama. Quantos foram vítimas dessa agressão? Outro usuário, dirigindo seu moderno automóvel, com sua esposa pela avenida Brasil, naquele luxuoso veículo, onde tudo é eletrônico, quando tocava o celular embutido no console, bastava apertar um botão na direção do veículo, a musica do DVD interrompe, dando lugar no autofalante, como aconteceu, de uma graciosa voz entrou no ar, para que todos que estavam no carro ouvissem, inclusive a esposa, dizendo, "meu bem já que não deu ontem poderíamos nos encontrar hoje, depois das 18h, que tal?" Era a namorada do bem aquinhoado proprietário do veículo. Foi um escândalo, o caso só não terminou em separação, porque ele deu o carro de presente para a esposa. Tudo por culpa do celular, que não se tem notícia. Quando este aparelho era novidade, ao invés de ser usado na cintura, no bolso ou na bolsa, carregavam o na mão, a mostra, para indicar aos demais que era importante pessoa, distinta das demais, levando-o para toda a parte. Um cidadão foi para o motel com sua nova namorada e seu mais lindo troféu, não ela, mas aquele aparelho, mais para tijolo do que celular, servia para se comunicar e também, como arma de defesa pessoal, uma bangornada com aquele aparelho, no mínimo ocasionava traumatismo craniano. Então já no motel desperta o celular, o homem atende: "alô, quem fala? " Diz ele, "é a Lolita querido." O varão inadvertidamente, por falta de pratica, lasca: "como você me encontrou no motel?" Marido e mulher não se acertaram nunca mais, o divorcio já dura 20 anos, parece que está no Superior Tribunal de Justiça em Brasília. A polícia adora os celulares para seu serviço investigatório, o delegado Adroaldo Schenkel, quem o diga, pois, facilita sobremaneira o seu trabalho. A polícia pede autorização judicial para grampear um determinado aparelho, todos os telefones que se comunicarem com aquele celular, fornecem pistas para esclarecer qualquer caso. Vejamos os grampos no telefone dos filhos de Sarney, levaram ao esclarecimento de um ato secreto, em que o namorado da neta de Sarney foi nomeado para um cargo no Senado, com pedido expresso do próprio presidente Sarney ao diretor da casa, confirmando que ele tinha conhecimento dos atos secretos. E os celulares nos bares e restaurantes, quando não estão tocando, ou acusando aquele ruído de bateria fraca, estão sendo manuseado por homens e mulheres, que com o aparelho em punho, mandam e remetem torpedo e mensagens apaixonadas, ignorando quem com eles dividem a mesa. E o celular no cinema? Quando toca as mais inusitadas musicas e forma de despertar, que estrago, tira toda a concentração, atrapalhando todos, e, ninguém faz nada? E quando se perde o celular? A pessoa parece que perdeu uma peça essencial de seu corpo, aparentando estar nu. O mais terrível é a agenda, com todos os números catalogados que se vão, ocasionando uma perda irreparável, pelos menos momentaneamente, pois, é quando mais necessitamos do tal endereço, não o temos.
Uma noite dessas, num bar da cidade, dois amigos tomavam sua cerveja, sendo os últimos frequentadores, pagaram a despesa e foram embora, já no automóvel, um deles se deu conta que teria deixado o celular em cima da mesa do bar. Voltou lá e disse para o garçom: "vim busca o meu celular." Que celular disse o garçom? Quase foram a vias de fato, poderia ser uma tragédia, se não fosse apaziguada, pelo outro amigo, que separou os contendores, até hoje o celular não apareceu. A vítima deixou de frequentar o bar, mas contando para todos, o seu infortúnio. Vejam como para alguns, é tão importante essa comunicação móvel. São os novos tempos e as novas invenções, que para outros é um incomodo danado, pois, até divórcio e crimes já houveram, motivado pelo minúsculo aparelho.
Agradeço a colaboração desta postagem ao:
Dr. Jabs Paim Bandeira em http://jabspaimbandeira.blgspot.com
Comente o que acha do uso desse aparelho.
O que faz o celular!!!
ResponderExcluiré muito interessante seu post.
Deusa