quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

COMPORTAMENTO HATER: A DEPRECIAÇÃO É UM PEDIDO DE AJUDA

Desde que houve uma popularização massiva das redes sociais e do uso da internet, as pessoas ficaram cada vez mais familiarizadas com o termo hater, que designa pessoas que ficam online tecendo comentários maldosos sobre famosos ou outras pessoas comuns sem ter nenhum interesse aparente por trás disso. Esse comportamento já foi avaliado por diversos especialistas, e personalidades importantes do mundo digital já se pronunciaram publicamente sobre prejuízos físicos e emocionais desenvolvidos pelas constantes críticas.

O ato de depreciar alguém esconde as necessidades do próprio hater de chamar atenção. Afinal, você pode depreciar aquele youtuber ruim pelo conteúdo inútil ou errado, ou seja, a maioria. Mas alguém com conhecimento vai perder tempo depreciando esse youtuber? Essas pessoas nem ao menos vão ter paciência para se fixar no canal. Pessoas inteligentes tendem a ser impacientes com conteúdos inúteis.

Mesmo que as pessoas justifiquem tais atitudes depreciativas como uma forma de manifestação para "mudar o mundo", isso não desconfigura a necessidade e a busca por atenção, pois pessoas autossuficientes ignoram o que não soma. Isso ocorre pela economia de energia do cérebro, que opta por gastar em ações mais eficientes e úteis. Quanto mais inteligente a pessoa, maior o gasto de energia no cérebro. Desvendar, aprender, raciocinar, prever e criar metas — tudo isso exige um alto gasto de energia. Essa condição também exige otimização do tempo, aproveitando-o ao máximo em todas as circunstâncias.


"Eu tenho razão"

Ao acreditar "ter razão em algo", o cérebro do hater pode liberar neurotransmissores relacionados ao comportamento instintivo, aceitação e narcisismo. Isso tem vínculo com a sobrevivência, já que, quando aceito, não se está só, e não estar só aumenta a sensação de segurança. O medo da solidão tem relação com a evolução do cérebro: quanto mais desenvolvido o lobo frontal, menor o medo e maior, inclusive, a procura pela solidão.

Na verdade, a sensibilidade para a empatia de quem não julga está relacionada não apenas à vontade, mas ao pensamento das nuances da ação, principalmente de como será visto o julgamento, assim como o quanto afetará o atingido. No fim, toda ação tem uma reação, e pessoas ocupadas, satisfeitas e que precisam otimizar o tempo sabem os riscos de um comentário depreciativo e suas consequências.

Haters é uma palavra de origem inglesa e que significa “os que odeiam” ou “odiadores” na tradução literal para a língua portuguesa.

Fabiano de Abreu Rodrigues,

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário