País que honra a
política, embaralha a ordem, impede o progresso e desonra o Estado Democrático
de Direito.
A República
Federativa do Brasil é um país que não joga mais futebol sem interesse de lucro
certo, não canta mais o Hino Nacional por livre e espontânea vontade, muito
menos o samba não tem a mesma alegria para prestigiar o carnaval e também não
sabe em quem votar a pouco menos de cinco meses das eleições. Brasil, terra das
imortais capitanias hereditárias, dos coronéis, dos desmandos e das delongas
judiciárias. Terras dos modernos quilombos urbanos. Onde morrer faz parte do
cenário, mas não antes de passar a outorga para os ilustres representantes
políticos.
Terra que abriga os
grandes recursos capitais da Europa, que as reservas de petróleo são dos
Estados Unidos da América e os carros da Ásia, Europa e EUA. Afinal, o que de
fato é nosso no Brasil? A caipirinha? Sim! Somente a caipirinha! Não temos
patente de nada. Não somos proprietários de indústrias de veículos automotores,
também não refinamos o nosso petróleo e não geramos energia elétrica com o
nosso capital e tampouco somos proprietários das mineradoras.
E dizem por aí que
somos o povo mais alegre do planeta. Que aqui possuímos um povo criativo e
inteligente, que somos fraternos. São tantos os adjetivos que utilizam para nos
manipular e aumentar a nossa autoestima que mostra o quanto os nossos
governantes nos tratam como idiotas. Porém, essas singelas qualidades não nos
pertencem e serão percebidas pelos gringos nesta Copa do Mundo.
O governo faz
acordos com a população para que escondam as armas em suas casas com as
licenças apenas para portá-las em domicílio, ou as compram para assim os
turistas não perceberem o quão violento é esse povo tupiniquim. E nos pontos de
venda de drogas os disfarçamos de bancas de cachorro quente e tendas de sucos
naturais. Mostramos comerciais de televisão de um povo simpático e com
excelente qualidade de vida.
No entanto, nossas
crianças morrem nas maternidades, e as que insistem em permanecer de pé não
sobrevivem ao narcotráfico. Mas, se resistem ficam sem escolas, sem habitação,
sem alimentação e sem nenhum motivo para serem inseridas à sociedade. Na
extrema miséria, se arrastam até a maioridade e são levadas em caminhões
boiadeiros para as urnas eletrônicas. E lá, atendem aos interesses dos nossos
senhores.
Os que envelhecem
morrem nas filas dos postos de saúde, onde não há enfermeiros, médicos e nem
mesmo técnicos de enfermagem. E o ciclo se repete, geração após geração. Neste
século 21, os hospitais matam mais crianças contaminadas por bactérias e vírus
comuns que as guerras na Ásia, África, ou Europa. Os que chegam à velhice, por
pura sorte, morrem de gripe e tuberculose.
Não bastasse a indiferença
dos gestores dos hospitais públicos, agora os hospitais particulares também
mostram as suas "garras" e exploram os pobres enfermos até a última
moeda, sem nenhuma fiscalização dos administradores públicos. Afinal, se o
governo não ampara o contribuinte e não fiscaliza as empresas privadas que
atuam na área da saúde, qual é a função do Ministério da Saúde?
Jogada à sorte, a
nossa nação representa os interesses de poucos e perde a identidade cultural.
Dizem por aí que gostamos de samba, que jogamos futebol e produzimos novelas.
Sobre o samba, não
o ouço há muito tempo. Do futebol posso dizer que os principais jogadores são
de países vizinhos e as novelas são produzidas por estrangeiros em terras
nacionais. O que realmente nós temos de especial? A mão de obra! Somos um dos
poucos países que têm uma grande população que trabalha por pouco. Além de
comprarmos o que produzimos pagando com o próprio salário. Ou seja, nós
trabalhamos para comprar o que produzimos e gastamos tudo o que ganhamos para isso.
Como se plantássemos batata em nossas terras e pagássemos por ela depositando
para o vizinho. Como assim?
Pois nós fazemos
isso mesmo! Usamos a nossa terra para montar os automóveis e os produtos
eletrônicos para os Estados Unidos da América, Europa e para os Asiáticos e,
depois de montados, pagamos três vezes o valor das peças para os países que as
trouxeram para cá.
No entanto, eles
nos elogiam, dizem que somos alegres, criativos. Dizem que nosso povo é
inigualável! Também penso assim. Somos inigualáveis mesmo. Qual outro povo
seria tão fácil de ser enganado?
Comente este
artigo.
Nery Porto Fabres! Voce e o meu orgulho de ser Brasileiro!
ResponderExcluir