Nos governos
estatizantes a tendência é a estruturação monolítica do estado. No Brasil -
misto de privatização (concessões) e estatização - o Estado vem sendo
desmanchado paulatinamente pela gestão irresponsável, pelo fisiologismo, pela
desqualificação técnica e pela facilitação (consentimento) à corrupção que, naturalmente, carreia recursos
para a manutenção do poder.
As políticas
públicas são lançadas com discursos emocionais mas
sem nenhum planejamento prévio. Para onde pende o clamor popular, para lá são
feitas promessas. Não temos nada de sério em saúde ,
educação , segurança ,
mobilidade urbana e assim por diante.
Apenas alguns casos
demonstram o panorama de desertificação da moral do poder, que escraviza o país
aos caprichos dos governantes e aos assaltantes dos cofres
públicos. Assim pode-se citar a promiscuidade primitiva no preenchimento das
funções públicas de confiança, do fisiologismo corporativista que indevida e
nocivamente se apropria do Estado.
Neste quadro
patológico destaca-se o desprestígio da constitucionalidade da eficiência e não
se faz mínimas avaliações dos serviços públicos e das milhares de obras
espalhadas pelo país.
As soluções (?) são
traçadas e colocadas em prática sem critérios, que na verdade não existem e não
existiram nos últimos 12 anos. Mesmo com o aumento de 353 mil funcionários no
período citado, a ineficiência do Estado inchado é constante e leva a estrutura
econômica para perto de um abismo fiscal de onde não é previsível um retorno
sem grandes sacrifícios para a população.
O intervencionismo
desbragado é resultado da voracidade pelo poder com uma visão
dirigida para a perpetuação, mesmo que à custa de milhões brasileiros
dependentes dos favores governamentais.
Paradoxalmente,
enquanto se dá migalhas à periferia social, cresce a destruição do Estado moral
e materialmente. Um governo que estatiza de um lado e favorece grupelhos,
ávidos de carniça monetária do outro, termina em má gestão, incúria endêmica e
desqualificação técnica. Assim, torna-se claro o sucateamento das políticas
públicas.
São exemplos
contundentes, a razia imposta à Petrobras e à Eletrobras, gerando um abalo, sem
precedentes, no valor de mercado com prejuízos crescentes.
São 12 anos de
desprezo pelo Estado e seus cidadãos. O fisiologismo aliado à repartição das estruturas públicas entre partidos se
constituem em dois pilares de sustentação de uma desgovernança patética e perniciosa que mantém em segurança
para si e para os parceiros, a chave do cofre.
Nas estatais são
designados companheiros (autoridades?), de todas as horas, para seus conselhos.
Uma forma descarada de elevar vencimentos e burlar a definição de teto.
Para justificar
este imbrólio pecuniário alega-se a necessidade de uma base que permita a
governabilidade "gerada a partir do chamado presidencialismo de coalizão
que frequentemente se converte em colisão, entre os próprios beneficiários, por
motivos pouco nobres".
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