Este ano o Brasil
alcançou a marca de 117,8 milhões de pessoas com acesso à internet banda larga
fixa e móvel. Um número realmente expressivo, o qual acompanha o avanço
tecnológico que parece, finalmente, ter alçado voo no país.
Atentas a esse
movimento, empresas de diversos setores correm para lançar plataformas online
em tentativas, muitas vezes, frustradas de conquistar o consumidor, que está
cada vez mais conectado e exigente.
São diversos
aplicativos, hotsites, campanhas e promoções. Criações multiplataforma
desenvolvidas para abocanhar cliques e compartilhamentos para aumentar o share
da empresa ou, simplesmente, ajudar a expandir e consolidar a marca. A eterna
busca por um lugar ao sol entre tantos bits.
No entanto, um
recente estudo da empresa sobre o uso de redes sociais no meio corporativo
apontou que a grande maioria das companhias que se arriscam no universo online
ainda não sabem bem o que fazer com tantos dados transitando pela rede. As
principais empresas de cada setor gastam em média US$ 28 milhões em atividades
online, mas somente 10% delas notam um retorno positivo sobre esse
investimento. Um resultado muito aquém do ideal. Mas será que o problema está
nas redes sociais ou na forma como as empresas se relacionam com elas?
Ao que parece,
grandes gestores ainda não conseguem compreender o poder de ferramentas como
Facebook e Twitter, capazes de criar situações e experiências únicas para cada
usuário, transformando-o em um cliente em potencial, além de proporcionar maior
interação entre público x empresa e empresa x funcionários.
Muitas companhias
coletam os dados, mas não avaliam o perfil de cada consumidor individualmente.
As informações são todas colocadas em uma mesma pilha e o que se oferece são
apenas produtos/serviços enlatados, com o mesmo formato, para todos. A verdade
é que as instituições veem esses dados como um grande emaranhado de gostos e
preferências, flutuando no complexo universo web.
Muitas, não estão dispostas a
qualificar pessoas ou departamentos para desfazer os nós, cruzar informações,
alinhar tendências e prover soluções que melhor se encaixem no perfil desse
usuário de maneira eficaz e assertiva.
É preciso inovar e
tratar o consumidor como ele realmente é: único.
O consumidor de
hoje é multicanal, ou seja, compra em diversos meios no momento que for mais
conveniente e prático para ele e pode cruzar compras em ambientes físicos e
virtuais. Em muitos casos, o consumidor não distingue mais o online do offline.
Quando online, está conectado às redes sociais, compartilha e expõe sua opinião
com amigos sobre determinadas empresas, produtos e serviços. Pesquisa e aprende,
desenvolvendo um ponto de vista que influencia toda sua rede de contatos. O
jeito como o consumidor se relaciona com o mundo real e o virtual mudou, e as
empresas precisam a companhar essa mudança, evoluir junto.
Segundo pesquisas
recentes feitas nos EUA, constatou-se que o consumidor que participa da vida
social de uma determinada marca por meio das redes sociais, tende a consumir e
indicar mais os produtos ou serviços dessa marca. Esse engajamento, porém, deve
ir de encontro aos interesses do usuário, não somente do que a marca quer
“empurrar” para ele.
Escolher levar a
empresa para o universo web é uma decisão que deve ser tomada com cautela,
embora necessária, se a companhia quiser seguir o fluxo do mercado atual e se
reinventar.
Estamos cara a cara com o novo futuro digital, que avança a passos
largos e inevitáveis em nossa direção. As fórmulas utilizadas pelas empresas no
passado não se ajustam mais a esse novo modelo de consumidor que sabe o que
quer e nos mostra isso, claramente.
Cabe agora, a cada empresa, saber fazer uso
do futuro digital e garantir melhores resultados.
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