As manifestações
estão se tornando, cada dia, mais violentas. A falta de consequências tem
incentivado os desordeiros, organizados a combater dentro de técnicas de
guerrilha, a se infiltrar na bem intencionada massa e promover o vandalismo e o
enfrentamento às forças de segurança.
Os acontecimentos
do final de semana, em São Paulo, são prova disso. Os 130 detidos foram levados
ao distrito policial, e liberados logo em seguida. Estão livres para novas
aventuras.
O jovem que carregava explosivos, que tentou atacar
o policial com estilete e foi baleado, é tratado como herói. Se morrer, pode
virar mártir. Na outra ponta, os senadores Marcelo Crivella (PRB/RJ), Ana
Amélia (PP/RS) e Walter Pinheiro (PT/BA) propõem que os atos violentos na Copa
do Mundo sejam duramente penalizados como terrorismo e com pena de até 30 anos.
A presidente, bem intencionada, mas sem voz de
comando, convoca reunião de ministros para traçar medidas preventivas em
relação aos protestos contra a Copa. Importante considerar que protestos contra
a Copa são hoje extemporâneos; quem é contra deveria ter saído às ruas em 2007,
quando o Brasil se habilitou a sediar o certame.
As arruaças que
hoje assistimos mais parecem um engrenado movimento político de setores
radicais em busca da coroação de um suposto ou mítico salvador da pátria...
Já faz anos que os
falsos democratas, interessados exclusivamente na conquista e manutenção do
poder, vêm acabando com o equilíbrio social e o respeito entre os cidadãos.
Deixaram de exigir que cada qual cumpra com seus deveres e de penalizar os que
cometem crimes. Criaram códigos, artifícios e favorecimentos aos errantes, que
amedrontam o cidadão comum, hoje recluso em suas casas cobertas de grades e
cercado de todos os medos inerentes à vida, numa sociedade sem regras.
Esses demagogos,
cercados por “especialistas” que fazem seus discursos sociais mas vivem de
polpudos salários e mordomias muitas vezes pagos com o dinheiro público, todas
as vezes que podem, insuflam o povo. O resultado está aí, colocado nas ruas.
Dilma e seus
ministros precisam se apressar. Mas não basta adotar medidas para proteger a
Copa do Mundo, pois continuará havendo Brasil depois da Copa, independente dos
seus resultados.
Governos federal,
estaduais e municipais, parlamentares de todos os níveis e todas as
autoridades, incluindo-se aí o Poder Judiciário, precisam se interessar pelo
tema. Não precisamos da volta da legislação antiterror, proposta pelos
senadores, mas temos de garantir – a qualquer custo – a manutenção da ordem
pública e da convivência pacífica entre os cidadãos.
O que se assiste
hoje é a volta à barbárie e em nada se coaduna com democracia. Todos os eleitos
e os admitidos por concurso ou nomeação têm o dever de preservar a democracia e
o bom convívio social.
Os rebeldes, que não
aceitem as convenções e o ordenamento jurídico, têm de sofrer,
obrigatoriamente, as consequências.
E, quando estão a
serviço de alguém, esse alguém deve ser identificado e punido com todas as
agravantes pois, aí sim, estará caracterizada a prática de terrorismo...
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