O
número de mulheres com mestrado no Brasil é maior que o número de homens com a
mesma titulação. Elas representam 53,5% dos mestres no país e eles, 46,5%. No
entanto, em termos de remuneração, as mulheres ganham em média R$ 5.438,41, 28%
a menos que os homens, que recebem R$ 7.557,31. Os dados foram divulgados esta
semana pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) no estudo Mestres
2012: Estudos da Demografia da Base Técnico-Científica Brasileira.
Segundo
o estudo, que utiliza dados do final de 2009, as mulheres têm uma participação
maior (71%) nas áreas de linguística, letras e artes. Na área de ciências
sociais aplicadas, onde a remuneração é maior, as mulheres representam 43,2%
dos empregados. Na segunda área de maior remuneração, as engenharias, as
mulheres têm a menor participação relativa entre os empregados, 27,9%.
Os
números mostram que, dentro de uma mesma carreira, ocorre diferenciação. Nas
engenharias, homens com mestrado ganham em média, R$ 8.430,18. As mulheres com
a mesma formação e carreira, recebem em média, R$ 6.133,98. Em linguística,
letras e artes, carreira em que são maioria, as mulheres recebem em média R$
4.013,87 e os homens, R$ 4.659,60.
Um
dos fatores para essa diferença salarial, explica a coordenadora técnica do
projeto, Sofia Daher, assessora técnica do CGEE, é que existem "menos
mulheres em cargos de confiança, nos quais os salários são maiores".
Pelas regiões
A
diferença aparece também entre as regiões. "Em 2010, a remuneração média
mensal dos mestres que eram mulheres era 44% menor do que a dos homens nas
regiões Sudeste e Sul. Nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, a diferença era
respectivamente 38% e 37% enquanto que na Região Norte era 18%", diz o
estudo.
"A
diferença de remuneração por gênero é algo que temos que pensar e melhorar. A
educação corrige uma parte, mas não corrige totalmente a distinção que está na
sociedade", diz o presidente do CGEE, Mariano Laplane. O mesmo, segundo
ele, se aplica para a população negra.
Os
brancos, que correspondem a 47% da população, representam 80% dos mestres e
doutores. Os pardos, que são 42% da população, representam 16% dos mestres e
12% dos doutores. Os negros são 8% da população, 3% dos mestres e 2% dos
doutores.
Crescimento do número de mestres
Em dados gerais, de 1996 a 2009, a formação de novos mestres cresceu 10,7% no país. O Distrito Federal é a unidade federativa com maior número de mestres por habitante, 5,4 mestres por mil habitantes entre 25 e 65 anos de idade. Cerca de 43% desses profissionais atua na área de educação. A titulação oferece um aumento de salário, mestres recebem 83% a mais que graduados e doutores, 35% a mais que mestres.
Em dados gerais, de 1996 a 2009, a formação de novos mestres cresceu 10,7% no país. O Distrito Federal é a unidade federativa com maior número de mestres por habitante, 5,4 mestres por mil habitantes entre 25 e 65 anos de idade. Cerca de 43% desses profissionais atua na área de educação. A titulação oferece um aumento de salário, mestres recebem 83% a mais que graduados e doutores, 35% a mais que mestres.
"O
mestrado é um treinamento rápido, de dois anos, que atende a uma demanda maior
que o doutorado. O mestrado atende a uma demanda do setor produtivo da nossa
economia. Temos conseguido expandir a etapa de ensino para regiões mais
carentes, para formar mão de obra qualificada", diz Laplane.
Fonte:
Agência Brasil
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A pesquisa reflete a tendência mundial no qual as mulheres ganham menos. Mesmo sabendo que, as mulheres estudam mais(em número de anos) que os homens. Ainda existe muito preconceito, até mesmo em sociedades mais desenvolvidas que a nossa. Sobre o mestrado, concordo que as pessoas o procurem por ser um "treinamento" mais rápido, e no qual o estudante tem que estar bem preparado para participar e quando termina, observa-se uma melhor qualificação dos profissionais o que o fazem, em relação a outros cursos.
ResponderExcluirabraços.
www.wordpress.com/vagasemportugues