domingo, 1 de agosto de 2021

Aquele que não se atualiza, com o tempo, se torna obsoleto

Como num computador, de vez em quando precisamos fazer um update em nossos drives internos para abrir espaço para o novo.

Aprender e desaprender; passamos a vida inteira fazendo isso. Adquirimos conhecimentos, experiências, e também hábitos e costumes.

Ao longo da vida, desenvolvemos formas de lidar com nossos pensamentos e nossas carências. Aprendemos sobre nossos pais, sobre nosso contexto familiar e social. Toda essa experiência influencia – e muito! – o que nos tornamos no fim da vida, ou o que acreditamos ser.

A diferença entre essas duas coisas é muito importante, já que normalmente trabalhamos com a segunda, e não com a primeira.

Seja qual for o caso, a mudança e a aprendizagem formam um ciclo que seria quebrado e impossível de continuar rodando sem o desaprender.

Na verdade, em muitas ocasiões as pessoas também se atualizam, assim como fazem os programas de computador: eliminando os arquivos anteriores para abrir espaço para o novo.

Quem se atualiza constantemente, corre o risco de perder arquivos importantes, mas nenhuma perda se compara a dor da obsolescência.

Quem se atualiza consegue equilibrar a perda daquilo que não se usa mais, daquilo que até serve, mas não é o suficiente, com os novos conhecimentos que surgem diante dele.

O processo de desaprender, como podemos ver, não é simples. Não podemos descartar sem mais nem menos o aprendido assim como fazemos com uma borracha ao apagar algo escrito a lápis. No entanto, podemos ser conscientes desses aprendizados e usá-los de maneira mais inteligente.

Podemos deixar de nos identificar com eles, e perguntar a nós mesmos se realmente acreditamos na realidade que está ali marcada, ou nos comportamentos que elas geram. Depois de identificá-los, este é o segundo passo.

Desaprender é um processo que requer tempo, paciência e capacidade de análise. Falamos de um investimento que sempre dá frutos: um resultado que nós mesmos vamos aproveitar, juntamente com as pessoas que gostam de nós.

Por Robson Hamuche

 

 

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