A vida é uma escola. Quanto
mais conhecimento adquirimos, mais vemos a necessidade de aprender mais e mais.
Tem horas, que dá a impressão de que aprendemos, aprendemos e morreremos sem
saber.
Todo aprendizado parecer ser
insuficiente. Não saciamos, e buscamos cada vez mais e mais.
Temos sede de sabedoria.
Quem gosta de descobrir o que
é lhe é útil e o que faz lhe faz bem?
Acredito que todo mundo, não é
mesmo?
E que bom poder contar com a
internet e com pessoas dadas a compartilhar seus conhecimentos e suas experiências
com as demais pessoas.
Hoje em dia temos ferramentas
que facilitam e muito nossa vida, basta querer.
Confesso que para quem não
nasceu na Era Tecnológica, como eu, temos uma certa dificuldade para aprender e
acompanhar a rápida evolução tecnológica.
É impressionante, como todo
dia aparece algo novo que veio para nos acrescentar e facilitar nossa vida.
A tendência do futuro é
ganharmos qualidade de vida. É ganharmos tempo.
Como assim? Como isso será
possível? Parece surreal, não é mesmo?
Ainda mais, que o maior vilão
dos tempos atuais é a falta de tempo, inclusive para cuidarmos de nós mesmos e
principalmente da nossa saúde psicológica.
Quantas crianças, jovens,
adultos e idosos são acometidas com sentimento de vazio. Encontram-se perdidas
numa infinidade de possibilidades.
É estranho, como isso
acontece.
Já aconteceu com vocês de
entrarem numa loja e se depararem com muita coisa bonita? Você olha uma peça e
acha maravilhosa, olha para a outra é acha tão maravilhosa quanto a outra é
assim vai.
De repente, diante de tantas
peças igualmente bonitas, você fica em dúvida na hora de escolher.
Perde a graça e sai sem
comprar nada. Ou quando você está com fome e vai num lugar com uma variedade
enorme de guloseimas e comidas gostosas, você olha perdido e acaba perdendo a
fome?
Ou você tem uma infinidade de
pretendentes aos seus pés e fica sem saber quem escolher e acaba ficando
sozinha/o.
Ou quando você tem dinheiro de
sobra para comprar tudo e o que quiser: a roupa mais cara e a mais bonita, o
carro do ano, a casa mais luxuosa, a casa na praia… e nada te atrai e acaba não
conseguindo comprar ou usufruir de todas as coisas que você tem ou pode ter?
A vida é cheia de paradoxos.
Por que isso acontece?
Como está a cabeça de todo
mundo diante de tantas novidades, informações e descoberta?
Será que estamos conseguindo
absorver tudo como queríamos?
Será que estamos aproveitando
esse leque de conhecimento e usando a nosso favor?
Será que estamos conseguindo
nos aprofundar ou estamos inseguros, vivendo na superficialidade, boiando com
medo de nos afogar?
Será que estamos desfrutando
de tudo a nosso favor da melhor maneira possível ou estamos ancorados sem
disposição para navegar em mares nunca navegador?
A Pandemia do Corona vírus
veio com tudo contra essa correria frenética e sem propósito na qual vivíamos.
Pegou o mundo inteiro de
surpresa e desprevenidos. Mudou a vida de todos nós. Nos fez parar e nos fez
refletir sobre tudo.
Qual foi o propósito?
Qual foi o aprendizado que
cada um tomou para si?
Acho que estamos ainda
atordoados com essa bomba que caiu sobre nós, perdidos de uma certa forma.
Qual é a lição que levaremos?
Eu mudei, você mudou, nós
mudamos e a vida mudou. E o tempo? Mudou?
Não. O relógio não adiantou,
mas pudemos perceber que o dia passa mais rápido do que o de costume.
Voou. E o que nós fizemos de
bom nesse tempo que fomos obrigados a tirar?
Teve algum propósito na minha
vida, na vida dos meus filhos, na vida da minha família, no meu serviço, na
minha casa?
Desse propósito, o que podemos
aproveitar de bom para nós mesmos?
Quais foram as mudanças desse
tempo que “voou”, pois nem vimos o ano passar e que, ao mesmo tempo, nos
pareceu uma “eternidade”, tamanho o peso do impacto?
Houve aproximação dos entes
queridos com mais diálogo, mais olhos nos olhos? Houve mais solidariedade?
Houve mais compaixão? Houve mais trocas de ideias?
Houve mais soluções?
Houve descobertas importantes?
Houve paciência?
Houve cumplicidade,
generosidade, amor?
Houve aceitação e coragem?
Será que conseguimos
reinventar nossa maneira de ser, agir e pensar.
Teve compaixão realmente ou
ficou apenas na vontade?
O que podemos fazer daqui para
a frente não só para nos beneficiar, mas principalmente beneficiar a vida do
próximo?
O que será preciso para isso?
Atitude? Será que agir sem
pensar resolve?
Não, né? É necessário um
propósito maior em tudo e para tudo para dar sentido.
Ficamos ligados no piloto
automático do 200 KM por muitos anos e não tínhamos tempo para tudo que tinha
valor na vida.
Ficamos ligados na tomada com
um milhão de informações da internet por anos e ficamos perdidos e confusos.
Não tínhamos tempo para
organizar nossa mente, que a cada dia estava mais desorganizada e confusa.
O sentimento de vazio tomava
conta de muitos. Enquanto alguns se afundaram no mal do século, a depressão,
outros, preferiram esconder seus sofrimentos na superficialidade das aparências
das redes sociais como forma de compensação e fuga da realidade.
A vida no geral perdia o
sentido.
O sentimento de vazio, anda na
contramão do “tudo bem”.
A pandemia trouxe o uso das
máscaras como forma de prevenção, bem como levou à queda de vários tipos de
máscaras que acompanhavam a sociedade, entre elas vários tabus, hipocrisia…
Pessoas perderam vidas,
deixando um vazio nos familiares, e como legado, valores que realmente importam
e que ficam como exemplo de vida.
Pessoas perderam suas zonas de
conforto (empregos, amigos, parentes, bens materiais), e sentiram um vazio
imenso, mas não perderam a fé e a certeza de recuperarem tudo.
Pessoas que colocavam sua paz
naquilo que era externo, passaram a buscar a paz dentro de si,
independentemente de qualquer situação, preencheram o vazio.
Pessoas fechadas para o novo,
se reinventaram e desabrocharam, porque viram que o novo também faz bem, essas
também conseguiram preencher o vazio.
Pessoas que antes se viam
perdidas num emaranhado de informação e de conhecimento, passaram a se conhecer
melhor e isso fez com que filtrassem o oceano de informações (escolhendo o que
gosta e o que lhe faz bem), possibilitando o aprofundamento apenas daquilo que
lhe acrescenta. Essas se preencheram de si mesmas!
O tempo antes escasso, será o
necessário para as coisas essenciais que realmente importa.
A boa administração do tempo
se repaginou e veio com tudo ao colocar a tecnologia trabalhando a nosso favor.
Se antes antes o sorriso e as
lágrimas pouco importava, hoje são os maiores remédios para a alma.
Se antes os valores haviam
perdido o valor, hoje estão sendo resgatados.
Se antes sabia-se muito e
dominava acerca de algo, diante do novo, tudo foi colocado à prova e será
necessário novos saberes.
Se antes havia opiniões
formadas, hoje o mundo se abriu para novas visões de vida, mais amplas, que
formarão novas opiniões, que serão compartilhadas em prol do bem comum e serão
responsáveis pelo renascimento de um novo mundo, onde valerá a pena viver.
O ter tem perdido sua
importância e o ser tem se destacado, juntamente com a simplicidade das
pequenas coisas, que saciam.
Tudo está caminhando para uma
vida plena e feliz. Acredite e faça acontecer!
Por Idelma da Costa
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