É dito que a presidente Dilma não tem apoio popular. Nem
capacidade para recuperar as finanças do país. A fragilidade da presidente, que
tem o poder de direito mas exerce cada vez menos na prática, paralisou a
máquina pública, impediu o debate político e aumentou a crise econômica no
Brasil. Vejam: a inflação deste ano deve superar a casa dos 10%. O desemprego
sobe para o mesmo nível. O Brasil está no perigo de perder o caminho de bom
pagador.
Na verdade o governo Dilma está caindo aos poucos.
Mostra-se sem forças inclusive para desafios de menor importância, de votações
no Congresso ao combate de epidemias. Há meses, Dilma enfrenta um recorde de
reprovação popular e com apoio da maioria da população à abertura de processo
de impeachment contra ela.
Neste momento, o desalento ganha importância também
no universo paralelo da política. Inclusive, aliados da presidente dizem que
ela perdeu as condições de continuar no cargo. "Já era, não se recupera
mais", afirmou o senador Fernando Collor ao colega Aécio Neves, conforme
divulgado pela coluna Radar on-line da revista Veja.
É dito que Collor fala com conhecimento de causa. A
análise de Collor não é movida por um sentimento de vingança, mesmo porque ele
é atualmente um aliado de primeira hora com os petistas. O que move o senador
são reflexos da realidade, como o fato de parcela expressiva do PMDB trabalhar
abertamente para tirar Dilma do cargo.
Essa ofensiva é comandada pelo próprio
presidente do partido e vice-presidente da República, Michel Temer, que irá
substituir a petista caso o Congresso aprove o impedimento dela. Temer já se
preparava antes, com a discrição e a reserva que lhe são peculiares, para a
hipótese de ter de se aproximar um pouco mais do comando do país.
O vice deu novos sinais aos peemedebistas de que a hora de
desembarcar no governo está bem próxima. Temer afirmou ter sido "um vice
decorativo", elenca episódios nos quais teria sido desprestigiado pela
presidente e reclama da demissão de três de seus aliados do ministério. Isto é:
faz o debate da política miúda, de uma política insignificante.
O importante,
todavia, estaria no desfecho dos fatos. Por tais motivos, Temer afirmou que
Dilma nunca confiou nem confiará nele e no PMDB. Assustados, assessores
palacianos vazaram a carta a fim de colar no vice a pecha de conspirador. Na
verdade, os peemedebistas impuseram derrotas à presidente. Os dados apontados
nos levam a crer muitas mudanças no governo Dilma.
Novos depoimentos irão
surgir e os brasileiros aguardam com expectativa que dias melhores irão
ocorrer. Vamos pois aguardar os acontecimentos, que sejam para melhor.
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