A Igreja Católica da Alemanha pode aprovar
algumas pílulas do dia seguinte para vítimas de estupros. O cardeal de Colônia
Joachim Meisner, aliado do papa Bento 16, declarou que algumas dessas pílulas -
que evitam a gravidez e são tomadas após a relação sexual - não induzem o
aborto e podem ser usadas em hospitais católicos.
"Se uma medicação que impede a
gravidez é usada depois de um estupro, com o objetivo de evitar a fecundação,
então isso é aceitável, na minha opinião". Meisner fez as
declarações depois que dois hospitais católicos se recusaram a tratar vítimas
de estupro porque eles não poderiam prescrever a medicação. No passado, o
cardeal se manifestou contrário ao uso de contraceptivos de emergência.
O cardeal se desculpou publicamente pelo
incidente e disse que o fato "nos envergonha profundamente, porque
contradiz nossa missão cristã e nosso propósito".
A Igreja Católica se opõe ao aborto e ao controle
de natalidade artificial. Alguns católicos veem contraceptivos de emergência,
como indutores de aborto. Meinser disse que alguns deles impedem a fecundação e
podem ser usados em casos de estupro. Segundo ele, a mudança de opinião veio
após ouvir de cientistas que algumas pílulas mais modernas não fazem efeito
após a fecundação, apenas impedem que ela ocorra.
Por Folhapress
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