Os aumentos consecutivos, especialmente nos gêneros alimentícios, estão
elevando a temperatura do vulcão inflacionário estabelecido na barriga do
grande dragão, levando preocupação ao setor econômico do Planalto que, embora
aparentando calma, começa a buscar mecanismos de combate, caso a situação
escapar ao controle, se é que já não escapou. Além dos reajustes rotineiros, o
recente aumento nos valores dos combustíveis, o qual mostrará impacto maior no
bolso a partir do final deste mês, até porque o brasileiro, neste momento,
entusiasmado pelo carnaval, ainda não se deu conta da pressão inflacionária que
esse aumento oportunizará. No momento de começar o ano, oficialmente (no Brasil
o ano começa após o carnaval), quando acontece o desembolso com IPVA, material
escolar e outros itens, pesar no orçamento doméstico.
Quando do reajuste nos combustíveis, o governo federal deixou claro que
os valores não seriam repassados integralmente ao consumidor, mas, conhecendo a
falácia política que sempre acontece nesses momentos, na tentativa de amenizar
o impacto, todos podem sentir que o repasse foi integral, sem contar que a
própria presidente da maior estatal brasileira indicou a necessidade de um novo
reajuste dos combustíveis para conseguir equilibrar a situação da Petrobras.
Imediatamente, surgiu a resposta da área governamental de não permitir mais um
aumento, no entanto, ninguém sabe até onde a pressão poderá ser contida.
Certo é que os setores econômicos apontam para um aumento da inflação,
alegando que somente no segundo semestre deste ano é que poderá acontecer
alívio, desde que a situação mundial não venha indicar qualquer outro tsunami
financeiro.
Difícil com isso, qualquer projeção de futuro, especialmente quando
começa a se planificar um ano de muitos gastos governamentais na preparação do
país para a Copa e para a olimpíada que se avizinham. Quem sabe ou pode dizer
quanto teremos ainda que pagar até que se possa dizer que o país está pronto
para as grandes competições? Fatalmente, toda essa despesa será bancada pelos
nossos impostos, sem contar que 2014 é ano de suma importância política e
onde é costume abrir torneiras para mostrar trabalho e atrair eleitores.
Podemos estar rumando para período temeroso, com superaquecimento da barriga do
velho dragão, fazendo-o cuspir muito fogo inflacionário, de difícil
contenção.
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muito legal
ResponderExcluirPois é, mas a crise dos alimentos é vivida em todo mundo, o que preocupa mais ainda. E para não faltar a cereja nesse péssimo bolo além da Copa de as Olímpiadas! Só quero ver o Brasil não ganhar a copa e ficar no ranking em uma posição ruim
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