A substância melhora o
humor e diminui a ansiedade, o que pode reduzir a vontade de comer.
O parto, a atividade física rigorosa e
o sexo podem parecer atividades distintas em seus fins, mas têm algo em comum:
a produção de oxitocina, o ‘hormônio do amor’, que mexe com o comportamento
humano e pode levar ao emagrecimento.
A substância melhora o humor e diminui a
ansiedade, o que pode reduzir a vontade de comer.
“Das
três opções (produtoras de oxitocina), é fácil escolher a melhor”,
brinca o estudante Felipe dos Santos, de 23 anos.
“A oxitocina melhora o humor e diminui a
gula e a ansiedade. Ela altera o comportamento alimentar, diminuindo a
compulsão”, explica o endocrinologista Pedro Assed, pesquisador do
Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares (Gota), da PUC-Rio. O hormônio é
produzido pela hipófise e liberado na corrente sanguínea.
'Hormônio
do amor' mexe com o comportamento humano
De acordo com a clínica geral Márcia
Umbelino, especialista em medicina ortomolecular, a oxitocina atua na produção
de hormônios anabolizantes, o GH e o testosterona, que ajudam a transformar
massa gorda em massa magra, que é a massa muscular. “A oxitocina inibe um
hormônio catabólico chamado cortisol, que o ansioso produz em alta quantidade,
facilitando a formação de massa muscular, já que o anabolismo celular é
facilitado quando você diminui o cortisol”, explica. Ela destaca, também, o
aumento da libido.
Pesquisa nos EUA atesta os efeitos
O endocrinologista Pedro Assed ressalta que
o medicamento do hormônio ainda está em fase inicial de desenvolvimento, e deve
demorar a sair. “Pelo menos uns cinco, dez anos. Os resultados ainda são muito
conflitantes, há muito a ser estudado”, elucida.
Pesquisa recente da Universidade de Harvard,
nos Estados Unidos, testou a aplicação do hormônio, em formato de spray nasal,
em um grupo de pessoas.
Depois, levaram-nas a um restaurante, onde podiam comer
à vontade. Os que receberam oxitocina ingeriram, em média, 122 calorias e 9
gramas de gordura a menos do que quem tomou um placebo.
Além de reduzir a ingestão calórica, o
hormônio do amor melhorou o metabolismo dos voluntários: o processo que
transforma a gordura corporal em energia foi acelerado e a sensibilidade à
insulina foi aumentada, ajudando o organismo a eliminar o excesso de açúcar do
sangue.
Hormônios que atuam na perda de peso
Outros hormônios, de modo natural ou
medicinal, ajudam na perda de peso. O GLP-1, produzido no intestino, propicia
uma velocidade menor da digestão.
Com isso, segundo Pedro Assed, a sensação de
satisfação é prolongada. Pacientes obesos e diabéticos, por exemplo, têm uma
quantidade reduzida do hormônio no organismo, e, sob consulta médica, podem
tomá-lo.
A insulina, por sua vez, é um hormônio
anabólico que pode ser prejudicial. Quanto mais peso se ganha, o corpo produz
mais insulina, criando uma “bola de neve”. Para facilitar a ação do hormônio no
corpo, é recomendada a prática de atividades físicas.
Outros emagrecedores, mas que não devem ser
tomados, são os hormônios T3 e T4. Produzidos pela tireoide, eles controlam o
metabolismo e podem acelerá-lo.
Contudo, não devem ser tomados, pois podem
provocar diarreias e arritmia cardíaca.
Comente este artigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário