Depois que formatei o meu pensamento sobre "dez
coisas que aprendi com os meus 60 anos", muitas são as discussões que se
dão nos diversos ambientes para os quais sou convidado. Duas coisas chamam a
atenção: a consciência de que a minha geração é privilegiada por fazer esta
transição pessoal do "analógico" para o "digital" e grande
pergunta: "E agora, José, o que fazer?".
A nova geração dos "velhinhos" não se sente mais
idosa quando é capaz de encontrar o seu próprio espaço. Embora o espelho e as
fotografias, muitas vezes, sejam traiçoeiros e insistam em mostrar imagens com
as quais não concordamos. Sentimo-nos em processo de transição: fazemos parte
de um grupo que viveu o "ontem" - a eletricidade aparecia, saneamento
era precário e nem se imaginava a inclusão digital.

O que falta é quebrar o ranço a respeito das novas
tecnologias e utilizá-las para a coisa mais elementar: tornar mais fácil as
nossas vidas, propiciando mais momentos de prazer e felicidade! Um treinamento
para utilizar estes novos equipamentos e seus mistérios que, na maior parte das
vezes, são bloqueados por receios infundados. Superados, causam remorsos porque
a pessoa não se dispôs a usá-los antes.
Uma das primeiras acusações: "isto vicia", trazendo o exemplo dos jovens que já não saem da frente do computador. Esta é outra discussão: a utilização do instrumental. Gosto muito do seguinte exemplo: numa gaveta da cozinha você tem uma faca afiada. Ela pode cortar uma carne... Mas, também, pode matar alguém. O problema não está na faca (instrumento), mas em quem a usa.
Uma das primeiras acusações: "isto vicia", trazendo o exemplo dos jovens que já não saem da frente do computador. Esta é outra discussão: a utilização do instrumental. Gosto muito do seguinte exemplo: numa gaveta da cozinha você tem uma faca afiada. Ela pode cortar uma carne... Mas, também, pode matar alguém. O problema não está na faca (instrumento), mas em quem a usa.
Uma senhora reclamou quando encontrei uma citação bíblica
no meu celular. Queria uma Bíblia. Perguntei como era a sua. Contou: de papel,
bem encadernada. Disse que a dela também não correspondia ao modo como a Bíblia
tinha sido escrita, em pergaminho ou em papiro.
Da mesma forma, os equipamentos de informática:
preconceitos nos mantêm presos a um mundo analógico (atraso, acomodação...),
mas podem ajudar a dar um salto na qualidade de vida e aproveitar os recursos
que vêm deste "misterioso" mundo digital!
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