Nesta quinta-feira (9) cientistas afirmaram
que, antes de se tornar mortal o câncer de pulmão pode ficar
"adormecido" por aproximadamente 20 anos. Segundo eles, essa pode ser
a explicação para tantas mortes com esse tipo de câncer (mais de 1,25 milhão de
pessoas por ano no mundo inteiro), que é tão persistente e difícil de
tratar.
Foram
realizados dois estudos que detalham a evolução do câncer de pulmão. Eles
revelam como depois de uma falha genética causadora da doença, as células do
tumor desenvolvem diversas mutações novas de forma silenciosa, fazendo com que
partes diferentes do mesmo tumor se tornem geneticamente únicas. Muitas vezes a
falha genética acontece devido ao fumo.
A
partir do momento que os pacientes ficam doentes o bastante para que o câncer
seja diagnosticado, os tumores já terão percorrido várias fases evolucionárias,
o que faz com que seja muito difícil que qualquer medicamento específico surta
efeito.
As
descobertas mostram que é preciso urgentemente detectar o câncer de pulmão
antes que ele se transmute em múltiplos clones malignos.
Charles
Swantos, o autor de uma das monografias do Instituto de Pesquisa de Londres da
instituição de caridade Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha, falou sobre a
descoberta: “O que não tínhamos co nseguido entender antes é por que este é o
imperador de todos os tipos de câncer e uma das doenças mais duras de tratar.
Anteriormente, não sabíamos o quão heterogêneos estes tipos de câncer de pulmão
em estágio inicial eram”.
As pesquisas foram publicadas no periódico
científico 'Science'.
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