A propalada reforma política, que por sinal foi defendida por
Dilma Rousseff e Aécio Neves durante a campanha, deverá ainda dar muito o que
falar. A primeira manifestação da presidente reeleita a respeito, é de promover
um plebiscito nacional que opinará sobre o tema, enquanto senadores e deputados
consideram que tal fato seria intromissão no Poder Legislativo que, para tanto,
defende um referendo popular, ao invés de plebiscito.
Entendemos que a intenção de plebiscito tem como objetivo
“melar” qualquer processo de reforma, considerando ser um tema muito polêmico e
intrincado para ser decidido pela vontade popular.
A discussão sobre uma reforma, que todos
sabemos e entendemos como necessária, não está ao alcance o homem do povo que,
em grande maioria, estaria votando sobre um tema que não entende. Tanto assim
que é comum observar-se que analistas políticos e outras autoridades do setor –
conhecedores do tema com maior profundidade - entram em choque de opiniões
quando discutem reforma política.
Assim, o que se pode esperar do homem
humilde e simples, muito mais preocupado em trabalhar para prover sua família e
pagar suas contas do que entender política partidária.
Acreditamos, ainda, que a melhor proposta foi oferecida pelo
senador Cristóvão Buarque, que salientou ser importante uma convocação de
notáveis e isentos, para a elaboração de um projeto que possa atender aos
interesses políticos da sociedade. O projeto seria então, levado à discussão
pelo Congresso.
Buarque defende o afastamento de políticos na elaboração de
projeto nesse sentido, dentro da certeza de que, se discutido no meio dos
próprios interessados, a tendência será um projeto de reforma totalmente
capenga, pela certeza de que os políticos estarão visando aos próprios
interesses e, portanto, muito distante daquilo que se poderia esperar em termos
de grandes avanços.
A discussão já está iniciando na linha do velho ditado que diz: “se a
disposição é de não sair nada do papel, basta recrutar o maior número possível
de pessoas para a discussão”.
JÁ
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