segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Mudança de direção...
A precariedade da nossa infraestrutura em transportes é um problema que deve ser superado com urgência. O Brasil fez uma escolha histórica pelo modal rodoviário, direcionando, com isso, o modelo de nosso desenvolvimento. Assim, em grande medida, a rede de estradas que deveria, em tese, ser adequada e de boa qualidade para a circulação de nossas mercadorias, seja para o mercado interno, seja para exportação, vem se transformando num óbice de nosso desenvolvimento. Temos que mudar de direção.
Os brasileiros sabem: nossa malha rodoviária tornou-se insuficiente. Na verdade, a cada dia cresce a incompatibilidade entre nosso desenvolvimento econômico com a infraestrutura implantada. Ambos os processos não se encaixam. Com o passar do tempo, nossas rodovias ficam mais e mais defasadas, aumentando consequente o “custo Brasil. A consequência é que, desse jeito, nosso crescimento ficará cada vez mais emperrado.
Nossa malha tem 212 mil quilômetros de estradas pavimentadas. Desse total, 62 mil quilômetros (estratégicos) pertencem à rede federal. O Governo não tem conseguido garantir uma manutenção adequada desse valioso patrimônio. Como operador direto de infraestrutura, o Estado tem mostrado que não é um gerente eficiente, visto que seu papel natural deveria se restringir ao planejamento, regulação e fiscalização de todo o sistema.
Este ano, os investimentos em rodovias caíram 30% em relação a 2011. Obras estão sendo proteladas. E o que vemos pelas estradas são as ações “tapa-buraco”, que não resolvem o problema, pois é preciso muito mais do que isso: duplicação de trechos fundamentais, malha asfáltica durável, sinalização moderna e asfaltamento maciço de estradas que, em períodos chuvosos, tornam-se intransitáveis.
Por tudo isso, é que vemos com bons olhos o anúncio de que o Governo Federal planeja abrir a concessão de 19 novos trechos de nossas rodovias para a exploração da iniciativa privada. Essas rodovias serão concedidas e ficarão sob a responsabilidade total dos concessionários, que arcam com seus custos de manutenção.
Considero essa uma boa saída para um problema que atinge a todos, pois a melhoria de nosso padrão de vida depende da qualidade das rodovias. Sem considerar que isso afeta também a segurança de milhões de brasileiros que trafegam diariamente por nossas estradas, com os perigos que elas trazem.
No total, são 8.973 quilômetros de estradas que podem se transferir para o controle da iniciativa privada, que terá a responsabilidade de reformá-las, conservá-las e torná-las seguras para o tráfego de pessoas e mercadorias. Dentre essas rodovias, destaco a BR-163, entre Campo Grande e Cuiabá, cujos 707 quilômetros de extensão formam a principal via de escoamento da região mais produtiva do País.
Notória e tragicamente conhecida como “rodovia da morte”, pelo alto número de acidentes ocorridos, a BR-163 necessita de uma reformulação total, não somente a sua duplicação, mas também a introdução de um novo modelo de gestão em toda a sua extensão.
De acordo com a última pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Transportes – CNT - sobre a qualidade de nossa malha de rodovias, mais de 66% das estradas administradas pelo poder público foram consideradas regulares, ruins ou péssimas. Enquanto isso, nas estradas sob regime de concessão, esse índice foi de apenas 12%.
Estes números indicam, de maneira inequívoca, que a administração das rodovias pela iniciativa privada tem obtido melhores resultados em relação às rodovias geridas pelo Estado. É claro que a cobrança de pedágios costuma gerar reações negativas naturais, principalmente para aqueles que transitam com regularidade pelos trechos concedidos. Mas, com o passar do tempo, ao perceberem as melhorias em sua trafegabilidade, os usuários acabam se convencendo da necessidade e do acerto na mudança em sua gestão.
Como representante de Mato Grosso do Sul e da região Centro-Oeste tenho a exata noção da importância de termos rodovias seguras e bem conservadas. Somos o celeiro deste País e precisamos, cada vez mais, de boas vias de circulação para que a nossa crescente produção possa ser escoada sem percalços ou custos exorbitantes adicionais.
O modelo de concessão de rodovias à iniciativa privada é uma solução comprovadamente positiva. Trata-se de experiência exitosa em todo o mundo. Mudar o sistema de gerenciamento rodoviário, realizando parcerias com empresas privadas, não é apenas uma imposição dos novos tempos. É uma necessidade incontornável, exigida pela realidade econômica e social.
Por: Antônio Russo. Senador.
Comente este artigo...
Postado por
William Junior
às
19:58
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Postagem mais recente
Postagem mais antiga
Página inicial
Linkbão
Oi Torpedo
Oi Torpedo Web
Click Jogos Online
Claro Torpedo
Claro Torpedo Gratis
Rastreamento Correios
Mundo Oi
oitorpedo.com.br
mundo oi torpedos
mundo oi.com.br
oi.com.br
torpedo-online
Resultado Dupla Sena
Resultado Loteria Federal
Resultado Loteca
Resultado Lotofacil
Resultado Lotogol
Resultado Lotomania
Resultado Mega-sena
Resultado Quina
Resultado Timemania
baixa-facil
Resultado Loterias
E-Scripter
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário