terça-feira, 16 de agosto de 2011

Espectadores ou protagonistas?



Corruptos conhecidos em cargos públicos cuidando do dinheiro do povo, me faz lembrar a estória da raposa tomando conta do galinheiro. A execução de uma juíza em Niterói ativa na minha memória filmes da época do Chicago de “Al Capone”.

Estórias e filmes que podemos transformar em histórias em medida que deixemos de ser meros espectadores e passemos a ser protagonistas de nossas vidas. Os que estão no poder querem manter a sociedade brasileira como simples entes passivos na disputa, entre corruptos e bandidos, pelo comando de nosso destino.

Querem que acreditemos que somente podemos optar entre uns ou outros. A terceira opção que temos é tomar consciência que o verdadeiro poder está em nós. A maioria silenciosa deste país deve manifestar-se, deve deixar de ser contemplativa e transformar-se em uma força proativa.

Se Jesus viesse a terra hoje, seria crucificado de novo. Quem quer ouvir: compartilha o que tens com os que menos possuem; o Reino dos Céus é dos humildes; é mais difícil que um rico entre no Reino dos Céus que um camelo passar pelo buraco de uma agulha. Ninguém.

Honestidade, falar a verdade, pureza de coração, lealdade, consciência são todos sinônimos de otário no mundo atual. Isto é o que os corruptos e os bandidos querem que acreditemos. Quanto mais compremos essa estória, menos história será feita.

Nossa sociedade tem muito medo, tanto medo que é capaz de eleger como seus líderes exemplos do que acredita que a representa fielmente. Ver cair à popularidade de uma presidente porque persegue a corrupção e coloca na cadeia os responsáveis por roubar dinheiro público, é ridículo. Duvido que exista algum brasileiro que não esteja a favor de eliminar esses canceres de nosso meio. Aqueles que eventualmente defendam esses meliantes estão assinando que são cúmplices e coniventes com os crimes cometidos.

As expressões: DEIXA PARA LÁ! NÃO É PROBLEMA NOSSO! O QUE EU TENHO QUE VER COM ISSO! E tantas outras similares que se repetem milhares de vezes por dia quando se comentam as manchetes dos jornais ajudam a perpetuar-se no poder os infames que legislam e advogam somente em benefício próprio.

A liberdade somente existe quando se exercem os direitos, mas também se cumprem com as obrigações inerentes a ela. A fraternidade não pode ser exigida unicamente quando recebemos, mas quando devemos dar também. A igualdade prevalece sobre as diferenças quando o medo desaparece.

Podemos ser espectadores ou protagonistas. É uma opção. O protagonista pode mudar o rumo de nosso país, o espectador somente pode assistir e não pode se queixar se não gosta do final.

E você, meu caro amigo se transformará em um protagonista ou continuará sendo um espectador da história de nosso Brasil?


Por : Ricardo Irigoyen

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