domingo, 10 de julho de 2011

Falta de qualidade ou insatisfação nossa?



Nunca estamos satisfeitos! Esta é uma máxima que permeia o ser humano desde que a gente se conhece por gente. E tal afirmativa pode ser muito bem notada em diferentes espectros de nossa existência simplória. Claro que, com mais ênfase, podemos identificar tal desvio de conduta (ou a conduta propriamente dita de nosso ser) na fase pós-uterina. A mãe quer porque quer que o filho(a) coma o almoço por inteiro, mas o(a) dito(a) cujo(a) não descansa enquanto não cuspir toda a comida por sobre o prato de plástico ornamentado com bichinhos fofinhos. E por aí vai.

Logo depois, quando já adentramos naquele período em que descobrimos que o que temos no meio das pernas não serve apenas para satisfazer nossa elástica bexiga, o que muda é o foco do assunto, mas a insatisfação se torna mais latente e idiota. O carinha ganha o tal videogame de ultima geração, com Bluetooth, lavador de louças, que muda de cor a cada três segundos e ainda te dá colo, carinho e te chama de meu amor. Mas o que o infeliz realmente quer é o brinquedo do coleguinha mala, que acabou de voltar de Nova Iorque com a última geração do videogame que faz a mesma coisa que o do outro só, que além de tudo, ele te leva para dormir, canta uma canção dos Beatles em 3D e ainda diz que você é a melhor pessoa do mundo. Vai entender!

Indiferentemente da fase na vida em que a gente se encontra, nunca, jamais, de forma alguma estamos satisfeitos com o que temos. Pode ser o seu celular, o saca rolhas da casa, o sapato que você comprou ontem... E a lista só tende a aumentar. É como algumas pessoas que sempre reclamam do clima. Se está quente? Deveria era mesmo fazer um frio do cão. E quando está frio? Ah, aí é que o verão faz falta. E a lenda se arrasta tal qual lesma em folha de bananeira.

Insatisfações à parte, o que não pode faltar é noção. Não existe fórmula mágica para se viver bem. Ninguém sabe o que vai acontecer daqui um minuto. E é por isso que a pessoa precisa aprender a relaxar. Se não está bom, então faça algo para mudar. O problema não é macro não. Ele está bem debaixo de nossos agora gélidos narizes.

Arrume a casa, bata a poeira, vista seu melhor casaco, use o perfume que você comprou em 1997 e tanto guarda para um momento especial. Deixe de reclamar por reclamar. Com tanta coisa ruim acontecendo em nossa volta, nada é tão pior que não possa piorar. E bons fluidos escorrem somente quando se está de bem consigo mesmo.


por Daniel Bittencourt.

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Um comentário:

  1. existem os eternos insatisfeitos sim:
    reclamam quando faz sol e também se EMPUTECEM
    nos frios dias de chuva!

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