segunda-feira, 20 de julho de 2009

A história do José Q. Brou.

Essa história que vou narrar é sobre Dinheiro e meu amigo José Q. Brou

Gente boa meu amigo Zé, cara esforçado, trabalhou durante anos e então chegou à aposentadoria.

Falei para o Zé que a pessoa quando está para se aposentar vira um imã, parece que fica mais bonito, simpático, os olhares mudam, do nada aparecem parentes, velhos amigos, até genro e nora começam a lhe dar mais atenção.

Lembro bem do dia em que expliquei para ele que o dinheiro é um objeto estranho, confere para alguns poder, para outros inteligência. Alguns ficam até mais novos e homens com dinheiro atraem algumas mulheres interessadas nele, o dinheiro é claro. Parece com o filme “O Senhor dos Anéis”, o anel magnetizava as pessoas, atraía e as modificava, conferia poder ao seu possuidor e muitos queriam matá-lo, enquanto outros protegê-lo.

Assim faz o dinheiro quando não sabemos como lidar com ele. É você quem tem que dominar o dinheiro e não ser dominado por ele. Mas o Zé é como toda essa boa gente, basta contar uma história triste e ele acaba se enredando e colocando em seus ombros os fardos que são dos outros.

Como ele estava prestes a se aposentar e receber uma bolada, seu cunhado lhe apresentou um ótimo investimento. Sua irmã confirmou as palavras do marido e mostrou para ele os seus sobrinhos e a necessidade que estavam passando. Conforme falei, alguns pensam que ter dinheiro confere inteligência. E o Zé pensa que pode fazer as duas coisas, ajudar o cunhado e ainda obter um bom lucro para o seu dinheiro.

José Q. Brou, recebe a aposentadoria e raspa todo o dinheiro que consegue, saca tudo e por pouco não toma mais algum emprestado, todo esse esforço para começar o negócio, o investimento com o cunhado.

Ele teve seus momentos de poder, ao assinar os cheques, ao fazer as transferências, ao ser carregado para lá e para cá, paparicado e bajulado, Zé o cara que ajudou a irmã, os sobrinhos, puxa, que homem!

Numa manhã após um feriado prolongado ele é acordado ás 03h00 da manhã. No portão de sua casa estão os sobrinhos e sua irmã, todos muito tristes e com cara de choro, entram em sua casa, a irmã pálida e trêmula, desaba em prantos e soluços, as crianças também começam a chorar, a família do Zé observa o que está acontecendo, a situação é muito triste.

Quando a irmã começou a falar ele já havia pensado em um acidente e que o cunhado havia morrido. Infelizmente para Zé, o cunhado não morreu, ele havia fugido e no feriado desapareceu. Já tinha vendido o carro, alguns bens e com o dinheiro da aposentadoria do Zé consumou o seu golpe, deixando filhos, esposa e um senhor aposentado que perdeu tudo o que conquistou em anos de trabalho.

Graças a Deus essa história é uma ficção.

Atenciosamente,

Altemir Farinhas - Administrador com especialização em Finanças e Engenharia Financeira

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